Mesmo com os avanços tecnológicos que revolucionaram o campo, o ponto de partida para uma safra de sucesso continua sendo o mesmo: a semente. No agronegócio brasileiro, esse pequeno grão carrega uma grande responsabilidade, garantir produtividade mesmo diante dos extremos do clima e das ameaças silenciosas, como a pirataria.
Nos últimos anos, o setor agrícola investiu pesado em pesquisa para desenvolver cultivares mais resistentes, capazes de suportar períodos de estiagem, frio intenso ou excesso de chuvas. Também há sementes tratadas para reduzir os impactos de pragas, minimizando o uso de defensivos agrícolas. A tecnologia hoje é aliada do produtor desde a escolha da variedade até a colheita.
Apesar de tantos avanços, o clima continua sendo o maior fator de incerteza. Especialistas afirmam que é cada vez mais necessário criar sementes adaptadas a um cenário climático imprevisível, agravado pelas mudanças globais.
Outro ponto crítico é a pirataria de sementes. Um levantamento da Céleres Consultoria revela que 11% da área plantada no Brasil utiliza sementes ilegais, o equivalente ao plantio de soja em todo o estado do Mato Grosso do Sul. As perdas para a economia nacional passam dos R$ 10 bilhões por ano, atingindo desde o produtor até a indústria de exportação.
As sementes piratas são, em sua maioria, de qualidade duvidosa e não passam por rigorosos testes de segurança e eficiência. Com isso, colocam em risco a produtividade das lavouras e a sustentabilidade do agronegócio.
Em meio a tantos desafios, valorizar a origem e a qualidade da semente é essencial. Cada grão plantado carrega consigo ciência, investimento, pesquisa e fé, um pacto silencioso entre o homem do campo, a terra e o tempo.