O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, de 50 anos, foi preso nesta sexta-feira (26) no Paraguai. A detenção ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, localizado na cidade de Luque, como resultado de uma operação estratégica coordenada entre o Departamento de Segurança Aeroportuária, a Direção Nacional de Migrações e a Polícia Federal brasileira.
Vasques foi abordado pelas autoridades enquanto realizava os trâmites migratórios para embarcar em um voo com destino a El Salvador, que faria escala no Panamá. Durante a fiscalização, ele tentou enganar os agentes ao apresentar documentos falsos, conforme informado pela migração paraguaia. No entanto, a farsa foi descoberta após consultas aos canais de cooperação internacional, que confirmaram a identidade do brasileiro e a existência de uma ordem de captura pendente expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-diretor carrega uma condenação de 24 anos e 6 meses de prisão no Brasil, com acusações diretamente ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O rol de crimes imputados a ele inclui a participação em organização criminosa armada, dano agravado contra o patrimônio do Estado, tentativa de golpe de Estado e a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Por ter ocupado um cargo estratégico durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Vasques é considerado um alvo de "alto valor" pelas autoridades brasileiras. Após a prisão, ele foi conduzido à unidade fiscal de Luque, na região metropolitana de Assunção, capital paraguaia. O caso já foi formalmente comunicado ao Agente Fiscal de plantão para dar início aos procedimentos legais de extradição ou entrega imediata do preso às autoridades do Brasil.
