Em uma semana, o Paraná saltou de 38 para 262 casos da gripe Influenza H3N2. A transmissão da doença já é considerada comunitária, ou seja, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão. Por conta desses números, a 17ª Regional de Saúde recebeu, nesta terça-feira (4), 45 mil comprimidos de Tamiflu.
Londrina registrou, até o momento, oito casos confirmados de Influenza H3N2. De acordo com o secretário Felippe Machado, os pacientes tiveram quadros leves e apenas dois necessitaram de internamento, mas tiveram alta médica em dois dias.
Em até 48h da infecção pelo vírus da Influenza, o medicamento oseltamivir (tamiflu), quando receitado por um médico e em dosagem apropriada, possui efetividade contra o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte.
“O Tamiflu trata todas as Influenzas, independente da cepa causadora. É eficaz e está disponível para o tratamento. É importante destacar que tem melhor eficácia se for utilizado nas 48 primeiras horas dos sintomas”, explicou o chefe de vigilância em Saúde, Felipe Reimond.
Os sintomas da H3N2 são conhecidos e, em sua maioria, provocam febre alta, tosse, dor de garganta, cabeça, corpo e articulações. A orientação da Secretária de Estado da Saúde é que em caso de sintomas, a população procure um serviço de saúde para atendimento.
“As medidas não farmacológicas, como uso de máscaras, lavagem das mãos e uso do álcool em gel, não servem apenas para evitar Covid-19, mas também para a Influenza. E em casos de contaminação, o principal é que as pessoas busquem o atendimento nas Unidades de Saúde espalhadas por todo o Estado”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Além disso, a Secretaria também solicitou mais remédios ao Ministério da Saúde e está em negociação para compra de testes rápidos específicos para a gripe, a fim de ampliar o monitoramento da doença no Estado.
Atualmente os diagnósticos de Influenza são realizados nos serviços de saúde após procura por atendimento e também nas 34 unidades sentinela do Paraná – responsáveis pela detecção de doenças circulantes por meio de amostras aleatórias. Já com relação a nominação da cepa do vírus, a confirmação depende do sequenciamento genômico da Fiocruz, no Rio de Janeiro.