O Hospital Universitário de Londrina, que já atendeu mais de 19 mil pessoas com Covid-19 desde o início da pandemia, aos poucos retoma a rotina de atendimentos à medida em que o número de internações pelo vírus vem caindo. As consultas e os exames ambulatoriais foram retomados e o HU pretende, em breve, implantar um serviço de acompanhamento pós-covid para todo município.
Pela primeira vez desde outubro de 2020, a ocupação de leitos UTI Covid-19 adulto no Hospital Universitário de Londrina fica abaixo de 90%. O percentual das vagas de enfermaria reservadas para quem foi acometido pelo vírus chegou a 48
No pronto socorro médico, que já chegou a ter 50 pacientes aguardando por uma vaga na UTI e teve que fechar por causa da superlotação, nesta terça-feira (6) tinha 8 leitos. Números que indicam uma redução nos de casos de Covid-19 e os reflexos da vacinação.
Segundo a superintendente do HU, Vivian Feijó, não existe outro fenômeno mais importante neste momento do que a vacinação. “A imunização cresce, temos um dia cada vez maior de vacinados”, diz.
Diante de um novo cenário que vem surgindo, o hospital voltou no mês de junho com as consultas e os exames ambulatoriais. Até o momento, foram retomados 80% dos atendimentos, em cerca de 30 especialidades. Os procedimentos, voltados em sua maioria para pacientes que tem doenças crônicas, são realizados no ambulatório de especialidades do HU e estavam restringidos desde março do ano passado.
“Nós entendemos que é importante essa reorganização da retomada nas diversas especialidades, bem como um ambulatório de triagem específica para pacientes que tiveram Covid-19”, afirma Vivian.
Em reunião com o comitê de crise, o hospital universitário apresentou uma proposta de parceria com a Prefeitura de Londrina no atendimento à pacientes pós-covid. O trabalho já é desenvolvido pelo HU mas oferecido apenas para quem ficou internado na unidade. A intenção é ampliar a oferta para todo o município.
Com um número cada vez maior de curados da Covid-19 a expectativa é que aumente a demanda por este tipo de serviço. Somente o Hospital Universitário atendeu, desde o início da pandemia, mais de 19 mil pessoas com o vírus.
“Vamos encaminhar formalmente esse projeto e, caso eles tenham interesse em oficializar esse ambulatório, estamos à disposição para fazer essa parceria”, garante Vivian.
