O aumento no número de casos graves de Covid-19 em Londrina e a sobrecarga nos atendimentos da saúde fez com que a prefeitura tomasse medidas para reestruturar o sistema. O maior gargalo, segundo o secretário de Saúde, Felippe Machado, está na saída de pacientes graves da UPA Sabará. “Lá percebemos um aumento grande de demanda e não temos como transferir para os hospitais. Então sobrecarrega todo o sistema”, diz Machado.
Por conta disso, a saúde vai abrir mais quatro unidades para atendimento exclusivo de sintomas da Covid-19. Unidade do Milton Gaveti, Erneni Mouta Lima, Vila Cazoni e San Izidro. Elas se juntam a outras cinco que já têm atendimento exclusivo.
Haverá também aumento do número de médicos em cada uma das UBSs. Isso de acordo com o secretário, deve aumentar para 1.290 pacientes atendidos por dia. “Queremos distribuir toda a demanda nessas unidade e fazer com que pessoas com sintomas mais leves evitem buscar a UPA Sabará”, aponta.
A mudança se deu após uma reunião no último sábado (29) entre coordenadores de hospitais públicos e privados, Ministério Público Federal e Regional de Saúde.
As mudanças em todos o sistema de saúde deve começar a operar na próxima segunda-feira (7). Durante essa semana, os profissionais que já atuam na rede vão passar por treinamento.
“Queremos minimizar os impactos da sobrecarga. Desde o atendimento do Samu até o atendimento dos hospitais terciários estão tensionados”, apontou o Secretário de Saúde.
Hospitais do Estado
Durante a reunião foram ofertados também 40 leitos de enfermaria que hoje estão desocupados e que eram para cirurgias eletivas. Os Hospitais Zona Norte e Zona Sul apontaram porém que não teriam mão de obra. A prefeitura vai reestruturar a rede para consegui ceder de forma imediata os profissionais. Cerca de 40 técnicos de enfermagem e 14 enfermeiros serão cedidos para a ampliação de leitos.
Ao todo, devem ser reabertos 30 novos leitos no Zona Norte e 10 no Zona Sul.
Por conta disso, duas unidades de saúde serão desmembradas e os pacientes deverão procurar outras unidades próximas.
Samu
Um contrato foi firmado para que o transporte intrahospitalar faça o trabalho do Samu quando ele estiver trabalhando com a capacidade máxima. O que aponta o secretário, tem ocorrido com frequência. “O Samu já opera com mais ambulâncias que o normal”.
A contratação da empresa que terá gestão do Samu, foi feita por uma licitação. A previsão que 450 remoções sejam feitas nos próximos três meses, ao menos cinco por dia.
"Precisamos da ajuda de todo cidadão. Precisamos que as pessoas usem máscara, mantenham as mãos limpas e façam distanciamento. Não adianta apenas abrir leitos se eles ficarem lotados por falta de colaboração", finaliza.