“A nobreza de nosso ato profissional está em acolher aquela pessoa por inteiro, em conhecer sua história, em saber como chegou a esta situação e como é possível construir com ela formas de superação deste quadro”. A frase de Maria Lúcia Martinelli descreve a profissão do Serviço Social, e no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), estes profissionais estão presentes em todas as unidades. “Nosso objetivo é intervir no processo de recuperação de saúde do paciente, visando um atendimento resolutivo e humanizado. Sabemos que não são apenas as questões clínicas que interferem no internamento, também há situações complexas, que envolvem mudanças no cotidiano e a família, principalmente no pós-internamento”, explica a assistente social, Daniela Prochnow Gund.
E para que o atendimento seja completo é necessário olhar o paciente e a situação como um todo. “Cada unidade tem uma necessidade específica de atendimento. São diversas situações que precisam de um acompanhamento da assistência social, da equipe multidisciplinar, pois em alguns casos, se não houver a intervenção, o atendimento clínico nem mesmo é finalizado. O desfecho é bem melhor com a equipe que tem esse olhar voltado ao todo do paciente, em toda a recuperação, principalmente após a alta”, avalia a assistente social, Dalas Cristina Miglioranza.
O atendimento do Serviço Social é realizado conforme a necessidade em que a equipe avalia. “Em muitos casos precisamos avaliar a necessidade de encaminhamento para a rede, a situação familiar, o acolhimento pós internamento, entre outras questões. Atendemos muitas pessoas em situação de rua, em situação de vulnerabilidade social, mas o Serviço Social realiza atendimento em todas as classes sociais. É preciso lembrar que todas as classes possuem alguma dificuldade em que podemos auxiliar”, diz Dalas Cristina.
COVID-19
E assim como todas as profissões, o Serviço Social também enfrentou desafios durante a pandemia da Covid-19. “Estávamos acostumados a atender pessoalmente, e agora isso mudou, usamos muito mais o telefone para conversar com as famílias, e a distância da família tem sido desafiador, principalmente em casos de desospitalização de pacientes com Covid-19”, comenta Daniela Prochnow. “Trabalhamos sempre com a inclusão, incluir a família no tratamento faz parte do atendimento, e de repente com a Covid-19 nem mesmo visitas é possível, então muda totalmente nosso atendimento também”, complementa Dalas.
Além do atendimento diferenciado à pacientes internados na unidade Covid-19, a pandemia também trouxe reflexos nas demais unidades. “Acompanhamos casos de famílias que perderam o emprego, outras que até conseguiram um emprego, mas não tem onde deixar os filhos, teve um reflexo social bastante perceptível dentro do hospital”, comenta a assistente social, Cristiane Godoy Zimmer.
AVANÇOS
Em meio a desafios, o Serviço Social também tem tido avanços. “As questões sociais são cada vez mais complexas, mas também temos uma rede de proteção, tanto social quanto na saúde muito mais ampla. Há uma política de assistência social que dá bastante suporte em todas as questões, dívidas por níveis de assistência”, diz Dalas. “É um desafio, mas ao mesmo tempo, é gratificante poder contribuir e tentar fazer a diferença na vida dessas famílias”, conclui Daniela.
COMEMORAÇÃO
Nessa sexta-feira (14), os assistentes sociais se reuniram em um encontro para contar um pouco da evolução do Serviço Social dentro do Huop, além disso, comemoraram o dia com um café e entrega de lembrancinhas especiais.
Também em comemoração à data, os assistentes sociais participaram de um gesto de carinho, e doaram sangue no Hemocentro. Toda a equipe, composta por 16 profissionais e residentes, participaram desse ato.