Assim como em Londrina, os municípios de Cambé e Ibiporã anunciaram que também devem seguir a orientação do Estado sobre a flexibilização do uso de máscaras. O Governo do Paraná já encaminhou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa que propõe deixar como prerrogativa exclusiva do Poder Executivo os critérios sobre a utilização.
Com a alteração, as medidas de controle epidemiológico passam a ser da Secretaria de Estado da Saúde. A ideia, num primeiro momento, é permitir a circulação de pessoas em espaços externos sem o equipamento de proteção individual.
“A gente está esperando ainda ver o que vai acontecer pós-Carnaval. Assim como no ano novo, em que a gente atendia 60 pessoas por dia e depois passamos a atender 300. Então, talvez o Carnaval possa trazer um efeito de contaminação”, afirmou o prefeito de Cambé, Conrado Scheller.
Ibiporã tem registrado queda no número de contaminação e elevado índice de vacinação contra a Covid-19, e mesmo assim, ainda defende o uso de máscara. “Hoje temos uma situação tranquila, temos índice elevado de vacinação e a coisa caminha bem. Nós estamos acompanhando o Governo do Estado em relação aos procedimentos da Covid, entretanto, vamos continuar a estimular o uso da máscara”, explicou o prefeito José Maria Ferreira.
Dos municípios da região, Arapongas se adiantou ao Estado e flexibilizou o uso das máscaras desde a última quinta-feira (10), tanto em ambientes abertos quanto fechados. A decisão foi tomada por meio de um decreto municipal e, segundo o secretário de Saúde de Arapongas, Moacir Paludetto Júnior, os dados estão sendo monitorados desde o início da pandemia e o uso da máscara passou a ser facultativa.
“Quando a gente fala facultativo, nós estamos desobrigando o uso, dando autonomia para que ambientes públicos e privados possam decidir suas regras. Por exemplo, na secretaria de Saúde nós vamos manter o uso de máscaras pelos nossos servidores. Mas o decreto dá esse respaldo para o empregador legislar dentro de sua empresa, ou seja, se ele achar necessário o uso, ele vai poder exigir. Da mesma forma o contrário”, explicou o secretário.
Em relação ao descumprimento de um decreto estadual que prevê a obrigatoriedade do uso, o secretario explica que nenhum órgão estadual, como a Polícia Militar, por exemplo, puniu alguém pela falta de máscara. “Nós não vimos ninguém sendo multadas ou presas e a gente não acredita que isso acontecerá, uma vez que o Estado também encaminhou para o Legislativo pedindo a flexibilização”, disse.