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Ciência e saúde

PR investiga casos de "hepatite misteriosa" em crianças; Londrina não tem infectados

09 mai 2022 às 14:04
Por: Redação Tarobá News

O Paraná investiga dois casos suspeitos de hepatite aguda infantil com causa ainda desconhecida. Os pacientes são dois meninos de 8 e 12 anos. A doença vem sendo registrada em outros países desde o início de abril e, na última sexta-feira (6), o Ministério da Saúde divulgou a existência de pelo menos oito casos suspeitos no Brasil, não apenas do Paraná, mas também no Rio de Janeiro e São Paulo.

A hepatite misteriosa tem diferentes sintomas, entre eles dor abdominal, diarreia, vômitos e icterícia, que é um amarelão na parte branca dos olhos. Após a suspeita, exames podem ser realizados, que facilmente detectam irregularidades ou o aumento dos níveis de enzimas hepáticas.

Ainda não há registros da doença em Londrina, mas a Secretaria Municipal de Saúde informou estar monitorando a situação. "Recebemos esse alerta epidemiológico do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Entretanto aqui em Londrina nós não temos nenhum caso suspeito, não estamos investigando nenhuma situação. De qualquer forma, nosso sistema de vigilância está em alerta", disse o secretário municipal de saúde, Felippe Machado.

Os casos tem gerado preocupação dos pais. Acredita-se que a maior suscetibilidade do organismo das crianças, principalmente após confinamento durante a pandemia da covid-19 e a não exposição a diversos vírus, provocou o surgimento da infecção. "Aparentemente o que foi identificado é que o possível agente seria o adenovírus, que é um vírus comum que causa diversas infecções em crianças e adultos também, mas que lembra um resfriado e até quadros diarreicos com náuseas, vômito e febre", disse o médico epidemiologista, Flávio Sant'Anna.

O médico explica que inicialmente a suspeita era de que a hepatite estivesse sendo causada por uma espécie de síndrome pós-covid ou por conta da vacinação contra o vírus. "Inicialmente pensou-se que fosse uma síndrome pós covid, mas na investigação, verificou-se que não se tratava disso porque vários locais diferentes. Outra coisa que se especulou era em relação à vacina, mas os casos estão fora da faixa etária da vacinação o que sugere que uma coisa não tem relação com a outra”, afirmou o Sant'Anna.

O epidemiologista faz o alerta. "É bom lembrar os pais que a gente tem a vacina da hepatite A e B disponível na rede. Além disso, é necessário ficar atento para quadros febris, dor abdominal, vômito, amarelo no branco do olho, e caso sejam observados, procurar o serviço de saúde", destacou.

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