As más condições do prédio do CAPS III (Centro de Atenção Psicossocial), na zona norte de Londrina, são um problema antigo e a última reforma foi realizada há dez anos. A situação foi denunciada por um usuário, que enviou à reportagem fotos apresentando as infiltrações, fios de energia expostos e portas sem maçaneta. A prefeitura vistoriou o local na última quarta-feira (26) e reconheceu o problema estrutural e também da falta de médicos.
Uma equipe terceirizada deve realizar a manutenção do banheiro e pequenos reparos no prédio na próxima semana. “Todas as questões já estão sendo vistas pela Secretaria de Saúde e nós temos um contrato com uma empresa de manutenção, é que faz a manutenção dos prédios da Saúde, da Educação, da prefeitura, e é possível dar uma ordem de serviço e rapidamente fazer esse conserto”, disse o secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada.
A Secretaria Municipal de Planejamento autorizou a elaboração do projeto para a reforma do local e a previsão é de que a abertura da licitação para obra seja realizada no início do próximo semestre.
A unidade atende pessoas com sofrimento psíquico há mais de vinte anos e oferece leitos de acolhimento noturno e de curta permanência. É a única com atendimento 24 horas em Londrina e, por conta disso, deve ter prioridade entre as obras que serão executadas pelo município em 2022. “Vamos colocar como um dos prioritários e os recursos necessários nós vamos liberar”, disse Canhada.
Outro problema apontado pelos usuários é a demora para receber atendimento, mesmo com consulta marcada, além da falta de médicos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o problema é a escassez de profissionais da área da psiquiatria. No último concurso, 14 foram chamados, apenas três assumiram as vagas e somente um permaneceu trabalhando no município. A secretaria está estudando novas alternativas para trazer mais profissionais.
“Poucos profissionais se formam e ao passo que se formam quase nenhum opta em atuar no serviço público. Nesse sentido, nós temos dificuldade, já fizemos várias tentativas e estamos estudando outras alternativas”, garantiu o secretário de Saúde, Felippe Machado.