A Secretaria de Saúde de Londrina encaminhou um ofício, na última terça-feira (12), à Associação Médica de Londrina (AML) pedindo ajuda dos médicos pediatras associados a respeito do momento emergencial em que se encontra o PAI – Pronto Atendimento Infantil. A unidade enfrenta uma situação crítica de superlotação desde o início do mês e a prefeitura está com dificuldade na contratação de pediatras para suprir a demanda.
A associação está encaminhando o ofício aos associados, com o apelo da Saúde para que pediatras possam ajudar a compor a escala de plantão do PAI de forma temporária. No texto, o secretário de Saúde, Felippe Machado, reforça que a carência de profissionais está impactando enormemente nos serviços de saúde independentemente de serem privados, filantrópicos ou públicos.
“Nos cabe, respeitosamente fazer este apelo a vossa senhoria, que de forma emergencial e temporária, possa contribuir a dispor de 06 horas que seja de seu dia para compor as nossas escalas de plantões nos próximos dias no PAI”, diz o ofício.
Ainda de acordo com o Machado, a carga horária seria remunerada por meio de credenciamento de pessoa jurídica.
Na terça-feira (12), Machado participou de uma sessão da Câmara de Londrina para falar sobre a situação dos atendimentos do PAI. Segundo ele, a demora por atendimentos na unidade dobrou em abril com relação aos primeiros meses do ano, com espera, em média, de quatro horas e oito minutos pela consulta.
Para solucionar o problema, provocado pela falta de interesse de pediatras pelo serviço público, a Secretaria de Saúde pretende lançar, em aproximadamente 30 dias, processo licitatório para contratar horas extras de médicos pediatras, a partir de empresas terceirizadas que possam fornecer os profissionais. Outra medida imediata será integrar à rede, de forma temporária e emergencial, uma equipe de médicos residentes em Medicina de Saúde e Comunidade.