Continua até sábado (19) o trabalho de campo desempenhado pelos agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para avaliar a incidência de infestação do Aedes aegypti e de casos notificados de arboviroses, como dengue, zika vírus e chikungunya. As vistorias tiveram início em 7 de junho e ocorrem nos períodos da manhã e tarde, de segunda a sábado.
As verificações são realizadas pelos agentes de Controle de Endemias da SMS em todas as regiões da área urbana de Londrina. Esse acompanhamento permite que a Prefeitura intensifique as ações de combate ao Aedes aegypti, que transmite a dengue e outras arboviroses, nos locais onde há maior incidência do mosquito ou aumento no número de casos das doenças que ele transmite.
Para verificar a presença do Aedes nos imóveis, são sorteados 5% do total de imóveis residenciais ou comerciais localizados na área urbana da cidade. Esses dados serão compilados para o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que é realizado a cada três meses.
E as áreas não sorteadas para vistorias do LIRAa também são monitoradas. Em cada quadra, 10% dos imóveis são vistoriados pelos agentes de Endemias para o Levantamento de Índice Entomológico (LIE). Ambos os levantamentos são feitos presencialmente, com entrada somente na área externa dos imóveis por conta da pandemia de Covid-19.
Segundo o coordenador de Endemias da SMS, Nino Ribas, a população pode e deve contribuir para este trabalho, autorizando a entrada dos agentes de Endemias. “Essa nova metodologia nos permite intensificar as atividades nos bairros de acordo com sua classificação de risco, que considera a prevalência e incidência de casos notificados e a incidência da infestação do mosquito”, contou.
Após a conclusão dos levantamentos e cálculo das informações obtidas, as localidades são classificadas por risco. O último levantamento, de março a junho, classificou, dentre 256 áreas analisadas, 122 de alto risco e outras 134 de médio risco.
Nos locais de alto risco, há vistoria em 100% dos imóveis mais acompanhamento das notificações de casos de arboviroses. E nos bairros classificados como médio e baixo risco, a atuação dos agentes de Endemias também continua.
“Além do monitoramento, realizamos vistorias em pontos estratégicos a cada 15 dias. É feito ainda o atendimento a denúncias realizadas pela população e atendimento a imóveis imobiliários destas áreas”, complementou o coordenador de Endemias.
Junto com os levantamentos em busca de focos do Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde utiliza as ovitrampas, armadilhas para coletar ovos do mosquito. “A cada semana, voltamos para avaliar e eliminar esses ovos. E quanto mais ovos, mais mosquitos há naquele entorno, então é uma forma muito importante de analisar a necessidade de intervenção. Atualmente, temos 120 ovitrampas instaladas”, disse Ribas.