Estudantes de escolas municipais de Londrina, atendidos pela Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação, estão participando, desde a terça-feira (18), das atividades da 15ª Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Ao todo, 32 alunos da rede municipal, do 1º ao 5º ano, das áreas urbana e rural, foram inscritos para a atual edição.
A iniciativa, que ocorre paralelamente à Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), tem caráter experimental e permite que alunos construam e lancem seus foguetes a partir de uma base de lançamento. Os foguetes devem ser disparados o mais longe possível, sendo que a melhor marca obtida por cada criança é enviada para a avaliação e classificação da MOBFOG, de acordo com as diferentes categorias de ensino contempladas.
Nesta quarta-feira (19), na quadra externa do Colégio Estadual Vicente Rijo, ocorreu mais um dia de lançamento de foguetes. Os alunos estão realizando seus lançamentos, acompanhados de seus responsáveis, com atendimentos individuais, respeitando todas as medidas de segurança contra a Covid-19. Amanhã (20), das 8h30 às 12h, será realizada a terceira e última etapa da atividade, na mesma unidade escolar.
Todos os foguetes foram confeccionados pelos próprios estudantes, em casa, com ajuda de seus familiares. As estruturas foram desenvolvidas com uso de garrafas plásticas PET, cartolina, fita crepe, cola, papel alumínio, entre outros materiais. O lançamento é feito a partir de uma pequena plataforma que firma e posiciona o foguete na diagonal. Ao pisar em garrafas plásticas, acopladas aos foguetes, os alunos conseguem realizar o lançamento.
A professora da rede municipal Fabiane Chueire, que atende na Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação, informou que essa é a terceira vez que os alunos atendidos participam da MOBFOG. Segundo ela, na edição anterior, em 2020, as 17 crianças inscritas conseguiram conquistar a medalha de ouro em seus níveis, e para 2021 a participação foi ampliada. “Independentemente da classificação ou dos prêmios, que são legais como reconhecimento, todos os alunos registrados na Mostra recebem certificado de participação e são incentivados, assim como acontece com todas as outras atividades nas quais estão inseridas. Com isso, buscamos atender bem as demandas e necessidades deles”, disse.
O principal objetivo da ação, segundo Chueire, é inserir os alunos em atividades diversificadas, colocar os conhecimentos aprendidos teoricamente em prática, de maneira divertida, e estimular a participação dos pais. “Os familiares se envolvem muito, ajudam as crianças nas montagens dos foguetes e vibram junto com elas durante as atividades. É um processo muito construtivo e de bons resultados. Por conta da pandemia, houve orientações e suporte on-line, e eles vem realizando os trabalhos em suas próprias casas, recebendo o suporte”, contou.
Sala de Altas Habilidades – Atualmente, 32 alunos da rede municipal de ensino de Londrina, de 23 unidades escolares, são atendidos pela Sala de Recursos para Altas Habilidades/Superdotação, que funciona nas dependências do Colégio Estadual Vicente Rijo, na região central. Este espaço foi implantado em 2017, no início da gestão do prefeito Marcelo Belinati, ampliando os atendimentos a alunos com identificação deste perfil.
Todos eles estão matriculados normalmente no ensino regular e participam de atividades extras de apoio e acompanhamento especial, conforme suas necessidades educacionais, após avaliação da Secretaria Municipal de Educação (SME).
A professora Fabiane Chueire enfatizou que o objetivo é oferecer ambiente para estimular os potenciais dos alunos conforme suas aptidões, aprimorando as formas de inclusão e mudança de visão sobre essas crianças. “A ideia é trabalhar a partir dos interesses e capacidades demonstradas, diversificando as abordagens. Essas habilidades precisam ser bem trabalhadas para que as crianças com este perfil se desenvolvam com qualidade e um acompanhamento adequado”, concluiu.