Após a publicação de um decreto do Governo do Estado, que liberou o retorno das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe) realizou uma reunião com aproximadamente 140 unidades educacionais de Londrina. No encontro virtual, ficou decidido que as aulas serão retomadas já a partir da próxima segunda-feira (25).
“Esse decreto era esperado há praticamente dez meses e não podemos perder tempo. Fizemos uma live com as escolas e combinamos que na segunda-feira já vamos reiniciar o atendimento presencial em praticamente todas”, afirmou Alderi Ferraresi, presidente do Sinepe.
São principalmente escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Será seguido o ensino híbrido, ou seja, com uma parte dos alunos presencialmente nas salas de aula e a outra em casa recebendo o conteúdo online. Os pais que decidem se o filho irá ou não para a escola. “Vamos fazer esse retorno de forma escalonada, bem tranquila. As escolas vão definir o número de dias para o aluno e também o horário de funcionamento”, explicou Ferraresi.
O sindicato estima que mais de 5 mil alunos devem retornar para as atividades presenciais. Em outubro do ano passado, as escolas associadas ao Sinepe retomaram as aulas após uma decisão judicial, mas em dezembro, outra decisão da Justiça, suspendeu novamente a presença dos alunos. Ferraresi voltou ressaltar que neste período houve apenas registros isolados de casos positivos de Covid-19 em alunos, que segundo ele, comprovam que as medidas de segurança estão sendo seguidas.
“Pedimos ao prefeito que nos ajude neste momento em que o governador deu essa oportunidade de funcionamento. Que ele atenda o nosso pedido formulado, tantas vezes, de várias maneiras diferentes”, concluiu. Assista!
Protestos
O grupo de escolas particulares realizou uma carreata em vias da cidade e fez até um acampamento em frente à sede da prefeitura para pressionar o poder público. Barracas e faixas foram colocadas no jardim do Centro Cívico, onde manifestantes passaram algumas noites. Porém, após uma reunião com o secretário de Saúde, Felippe Machado, e a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, não havia sido definida uma data para o retorno.
O prefeito Marcelo Belinati (PP) chegou vetar um projeto de lei, que havia sido aprovado com unanimidade na Câmara Municipal, para classificar as escolas como serviços essenciais. Ele afirma que não é o momento ideal para a retomada das aulas, já que os números de coronavírus no município estão subindo expressivamente nas últimas semanas.
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