O grupo de representantes de 67 escolas particulares, professores, proprietários de vans escolares e pais de alunos, encerrou nesta segunda-feira (18) um acampamento que estava montado em frente à Prefeitura de Londrina. A manifestação pedia o retorno das aulas presenciais em formato hibrido. A semana passada foi intensa com pressão para cima do poder público, na quinta-feira (14) foram montadas as barracas e no último sábado (16), uma carreata foi realizada com aproximadamente 400 veículos.
O objetivo era no mínimo ter uma data definida para a retomada das atividades, o que não aconteceu. Uma reunião foi realizada nesta segunda com representantes das escolas, alguns vereadores, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e a secretária de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes. Foi mantido o posicionamento do prefeito Marcelo Belinati (PP), que afirma se solidarizar com o setor, mas acredita que não seja o momento ideal para o retorno, já que o número de casos está aumento expressivamente nas últimas semanas.
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Opinião contrária
Mariana Lobo, que representa o grupo Mães Pela Educação, participou da reunião e classificou o encontro como produtivo. “O secretário de Saúde foi muito receptivo, disse que a reunião foi muito qualificada. Os dados apresentados muito bons. Solicitou que fossem enviados pelos participantes mais dados e se dispôs a conversar mais vezes”, explicou.
Ela não concorda que os números elevados sejam motivos para manter o fechamento das escolas. Em outubro do ano passado, unidades associadas ao Sindicato das Escolas Particulares de Londrina, foram liberadas por meio de uma liminar na Justiça e receberam os alunos de forma presencial. Mas em dezembro, outra decisão da Justiça, suspendeu novamente atividades presenciais. O grupo ressalta que neste período poucos casos foram registrados em alunos.
Foram apresentados dados epidemiológicos com o objetivo de mostrar que as crianças não influenciariam nos números do coronavírus na cidade. “Defendemos um retorno seguro, com protocolos, de forma hibrida com opção das famílias enviarem ou não os seus filhos. Apresentamos todos os dados técnicos, estudos científicos do mundo inteiro que respaldam a possibilidade de abertura das escolas, seguindo todos os protocolos de segurança”, afirma Mariana.
Novas reuniões serão marcadas pelo poder público, mas por enquanto ainda não foi definida uma data de retomada das aulas presenciais das escolas particulares. O Governo do Paraná já anunciou o retorno das aulas na rede estadual nesse modelo a partir do dia 18 de fevereiro. Algumas cidades também marcaram datas, inclusive para a rede particular, como em Cambé.