As aulas da rede estadual de ensino começam no dia 7 de fevereiro e serão 100% presenciais, o que preocupa a APP Sindicato (Sindicato dos trabalhadores em educação pública do Paraná) frente ao aumento do número de casos de Covid-19 e de H3N2. Aproximadamente 60 mil alunos devem retomar os estudos no início do mês que vem.
“Muito dificilmente, devido à falta de funcionários, e as pessoas que teriam que fazer esse controle e orientação aos alunos teriam que ser os funcionários. Nós, professores, fazemos nossa parte quando estamos em sala de aula, mas na troca de aulas, nos intervalos, na entrada e saída, é preciso de um grupo grande de funcionários para lidar com essa questão”, disse o presidente da APP, Márcio Ribeiro.
Desde agosto de 2021, a Secretaria Estadual de Educação reduziu o distanciamento entre as carteiras para um metro, o que permitiu que as salas acomodassem um número maior de estudantes.
“Se não dá mais para termos o isolamento social que é ficarmos em casa, que seja garantido o distanciamento social, ou seja, não pode ter uma carteira a 50 centímetros da outra. Teria que ter 1,5 ou 2 metros de distância, o que levaria cada sala de aula ter um número reduzido de alunos. Na verdade, um número reduzido de alunos nas escolas. E garantir bastante álcool em gel”, afirmou Ribeiro.
A APP Sindicato está em diálogo com a secretaria estadual de educação e tem pedido para que reforce os protocolos sanitários para impedir uma explosão de casos na comunidade escolar. Se o apelo não for atendido, a entidade estuda a possibilidade de entrar com uma ação judicial para obrigar o governo do estado a intensificar as medidas de segurança.
“Com o nosso departamento jurídico, vamos estudar todas as possibilidades que possam trazer a maior segurança possível para as nossas crianças, professores e funcionários de escola”, disse Ribeiro.