O grupo de gestores de escolas particulares de Londrina afirma que ficou assustado com o novo decreto municipal. O documento, publicado nesta segunda-feira (15), prevê multa de até R$ 120 mil e cassação de alvará para as unidades que descumprirem a suspensão das aulas e manter atividades de forma presencial no município. O prefeito Marcelo Belinati (PP) ainda manteve suspensas as aulas presenciais até 28 de fevereiro.
Segundo Naiane Matchula, que representa os gestores, um levantamento foi realizado e 32 escolas londrinenses fecharam as portas por conta da crise causada pela pandemia da Covid-19. “Nós entendemos que não precisava chegar no ponto que chegou, estipulando uma multa tão alta como essa, sabendo até mesmo a situação que as escolas particulares se encontram”, disse.
Naiane ainda afirma que diversos pais de alunos não aprovaram a decisão do poder público. “Estão indignados, extremamente revoltados com isso, nós temos até cinco movimentos de pais que estão lutando, pedindo o retorno dos seus filhos e recebemos áudios e ligações deles em desespero em receber uma notícia dessa, sem saber o que vai acontecer a partir de quinta-feira”.
O secretário municipal de Planejamento, Marcelo Canhada, justificou a rigidez das medidas de penalização e afirmou que a prefeitura não tem intenção em aplicar as sanções, esperando que as unidades cumpram as determinações. Porém, Naiane disse que não existe diálogo nem quando a fiscalização é realizada nas escolas.
Ela nega que escolas estavam funcionando de forma clandestina na cidade. “Outra coisa que nos preocupou também foi em relação ao atendimento individualizado, que é uma resolução que está em vigência desde o ano passado, então as escolas já vinham trabalhando para atender crianças que estão com defasagem na aprendizagem, em estado de vulnerabilidade e agora ficamos sem saber como prosseguir”, concluiu. Assista!
