Cerca de 400 veículos com mil pessoas participam de uma carreata neste sábado (16), em diversas vias de Londrina, solicitando o retorno das aulas presenciais em escolas particulares. A ação tem como objetivo sensibilizar a população e o poder público para a retomada das atividades.
A carreata saiu do Centro Cívico de Londrina por volta das 14h30, vai realizar um buzinaço no estacionamento do Zerão, em frente ao Ginásio Moringão, e posteriormente retorna à prefeitura.
Pais de alunos, proprietários de vans escolares, professores e representantes de 67 unidades particulares aumentaram a pressão em cima do prefeito Marcelo Belinati (PP) nos últimos dias. O grupo está acampado em frente à sede da prefeitura desde quinta-feira (14). Diversas faixas e barracas foram montadas no local, onde passaram as últimas noites. A reportagem da Tarobá acompanha a carreata e vai exibir uma reportagem completa sobre o assunto na segunda-feira (18).
Proposta
Em outubro do ano passado, unidades associadas ao Sindicato das Escolas Particulares de Londrina, foram liberadas por meio de uma liminar na Justiça e receberam os alunos de forma presencial. Mas em dezembro, outra decisão da Justiça, suspendeu novamente atividades presenciais.
Os representantes das escolas afirmam que neste período o índice de transmissibilidade da Covid-19 em estudantes foi muito baixo, com poucos casos isolados. Além disso, ressaltam que foram tomadas todas as medidas de segurança como distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel.
Aguardam para a próxima segunda-feira (18) uma reunião com equipes técnicas das secretarias municipais de Saúde e Educação e esperam sair com uma data definida para o retorno no formato hibrido. A ideia é que os pais tenham autonomia de decisão e quem não quiser mandar o filho para a escola, vai continuar sendo atendido de forma remota.
Poder público
Belinati já ressaltou que não vai liberar o retorno das atividades presenciais neste momento, visando que os números do coronavírus tem aumentado expressivamente nas últimas semanas. Ele vetou integralmente o projeto de lei 68/2020, que havia sido aprovado por unanimidade na Câmara Municipal e classificava escolas e atividades físicas como serviços essenciais no município.
O documento do veto foi encaminhado ao presidente da Câmara Municipal, Jairo Tamura (PL), e será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Legislação da Casa. O recesso parlamentar termina em duas semanas.
Com Soraia Barros