Um projeto do governo pode comprometer o funcionamento de serviços da Universidade Estadual de Londrina (UEL), como o hospital veterinário e a clínica odontológica.
Trata-se da Nova Lei Geral das Universidades que já foi aprovada na terça-feira (14) pela Assembleia Legislativa, em primeiro turno e segue à segunda votação. O projeto de lei vai comprometer tanto o ensino como questões administrativas e a oferta de serviços à comunidade. Existem pontos na lei que irão interferir na contratação de funcionários.
“No nosso entendimento se for aprovada do jeito que está é uma ingerência em relação à autonomia universitária”, afirma o reitor em exercício na UEL, Décio Sabbatini.
Ele destaca que atualmente há 464 funcionários técnicos administrativos que atuam em vários órgãos suplementares de apoio, que oferecem serviços à comunidade. “Se não pudemos contratar esses profissionais por conta da lei, ao longo do tempo esses serviços deixarão de existir e a população estará desassistida”, ressalta ao citar os atendimentos no Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos e da clínica veterinária.
O reitor em exercício também cita que haverá prejuízos no Tempo Integral de Dedicação Exclusiva na instituição. "Ela vai limitar a 70% os professores que poderão receber nesse regime de trabalho e dessa forma 30% não vão se dedicar totalmente à instituição e vão deixar de fazer projetos de ensino, pesquisa e extensão".
A Comissão de Constituição e Justiça da Alep avaliou 66 emendas que serão votadas uma a uma provavelmente nesta quarta-feira (15), último dia de trabalho na Assembleia antes do recesso parlamentar.