Um trabalho apresentado pela estudante Raquel Cunha Manço da Silva, do 2º ano do curso de Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UEL, é um dos cinco premiados no 8º Congresso Internacional em Saúde. O evento aconteceu no formato remoto e teve um total de 980 trabalhos inscritos de diversas áreas da saúde.
O estudo “Sintomas persistentes relatados pelos residentes de Londrina infectados pela Sars-Cov2: antes e após um mês do seu diagnóstico” foi desenvolvido com dados parciais do projeto de pesquisa “Avaliação clínica funcional e qualidade de vida de pacientes após 1, 2, 6 e 12 meses do diagnóstico de infecção por Sars-CoV-2 no município de Londrina”.
Este projeto é desenvolvido desde outubro de 2020. “É muito gratificante participar e ver que como nosso trabalho está sendo recompensando, como progredir pessoal e profissionalmente”, afirmou a estudante, que não esperava a premiação.
Ela recebeu com surpresa o prêmio. “Eu sabia que a equipe tinha se esforçado, que nosso projeto é valioso, mas não que entre todos esses trabalhos o nosso seria premiado”, disse.
O estudo foi elaborado em conjunto com outras pesquisadoras e professoras.
Entenda o estudo
Por meio de questionário, o projeto de pesquisa coletou informações de pacientes após 30, 60 e 180 dias do diagnóstico da Covid-19, para identificar os sintomas ainda presentes.
Na primeira etapa, foram analisados 1.215 pacientes que responderam ao questionário após 30 dias, com média de idade de 35 anos. Apenas 32,2% não relataram sintomas após o período. Já os demais pacientes informaram ter os seguintes sintomas persistentes: fadiga (27,9%), perda de olfato (19,8%), cefaleia (18,8%), desânimo (17,1%), dores musculares (15,7%) e perda de paladar (13,9%), tosse (13%), e dispneia (10%).
Após 60 dias de diagnóstico, 503 pacientes responderam ao questionário, com média de idade de 35 anos. Do total, 58,1% relataram sintomas persistentes. Dentre os mais comuns estavam fadiga (24.9%), desânimo (17,5%), perda de olfato (17,3%), cefaleia (14,1%) e dor no corpo (13,3%).
Dos 76 pacientes que responderam após 180 dias, 67,1% relataram ter sintomas persistentes, entre eles fadiga (25%), desânimo (17,5%), cefaleia (10,5%). Nesta terceira etapa, a média de idade foi de 34 anos.
Em setembro será iniciada a coleta após 12 meses.