A Secretaria Estadual de Educação está reforçando o chamamento para que estudantes retornem para o ensino presencial. Os pais que, em um primeiro momento, assinaram um termo de responsabilidade para que os filhos não voltassem ao ensino presencial, precisam entrar em contato com a direção do colégio. A princípio, continuariam no ensino remoto, apenas os alunos que tenham comorbidades comprovadas por atestado médico ou que morem com familiares que tenham.
A App Sindicato entende que o governo está fazendo uma pressão aos pais. De acordo com o presidente, Marcio Ribeiro, é um direito manter o filho no ensino remoto durante a pandemia. “Nós entendemos que a resolução do governo estadual é o que vale, não é esse ofício ou pressão dos núcleos que devem determinar que as crianças passem a correr risco de ir para o ensino presencial sem estruturas, com salas lotadas e sem o apoio aos comitês de biossegurança que tem denunciado vários casos de Covid nas escolas”, afirmou.
Segundo Ribeiro, mesmo com as denúncias dos casos, os Núcleos Regionais de Educação não permitem o fechamento das escolas, como está previsto nas resoluções estaduais. “Isso é uma temeridade e é direito dos pais permanecerem no ensino remoto”, disse.
Ribeiro defende que só há segurança para o retorno das aulas presenciais quando a população, incluindo os adolescentes de 12 a 17 anos, estiverem 70% imunizadas. “Gostaria de saber por que esse desespero de retornar presencialmente já no final do ano. Vamos apenas coloca-las em risco desnecessariamente. A vacinação está chegando, por que não esperar mais um pouco para trazer segurança?”, questionou.
Sobre a ação da Educação de enviar os ofícios aos pais, Ribeiro garante que a App tomará todas as medidas judiciais e acompanhará a movimentação. “Criança é criança, nunca vai respeitar os protocolos de segurança. Vai no intervalo de uma escola sem combinar antes e vai ver que não tem segurança nenhuma”, garantiu.
