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Galhardo cuida da saúde mental e se define: "Vulcão em erupção"

08 jun 2024 às 13:32
Por: Band
- Foto: Reproduçã

Thiago Galhardo já chamou atenção por tudo que fez dentro de campo, mas também ficou marcado por diversos episódios nos bastidores. Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, ele relembrou algumas polêmicas e contou como cuida da própria saúde mental em meio a esses problemas. Também admitiu que é um “vulcão em erupção”. Atualmente esse “vulcão” é um dos destaques do Goiás, líder da Série B, transmitida pela Band.


"Ficar no meio termo não faz parte da minha vida. 8 ou 80? Sou sempre 80. Sou um vulcão em erupção. A qualquer momento a gente explode. Mas com cabeça, com consciência e de forma que daqui a pouco não possa ter o erro, e a gente precise pedir desculpas - que não é feio caso aconteça. Mas gosto de estar borbulhando, gosto de ser um cara ativo e que vai se posicionar", disse. 


O futebol quase perdeu esse grande personagem. Antes de virar jogador, Galhardo passou em um concurso público na Petrobras. Mas insistiu no sonho de jogar bola e enfrentou dificuldades em vários times menores. Até que começou a se destacar em clubes grandes, a ponto de chegar na Seleção Brasileira. Agora está perto de se aposentar e relembrou toda essa carreira.



O começo em São João Del Rei (MG)

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Atualmente a cidade natal de Galhardo tem um time profissional em crescimento, na Série C, o Athletic. Mas há 20 anos não era assim. O time era amador. Thiago até jogou lá, mas tinha uma ressalva: “Pra jogar futebol eu tinha que ter boas notas na escola. Se não, eu não tinha o direito de jogar”. 


Os estudos deram resultado: ele foi aprovado para trabalhar em uma usina petrolífera. Esse seria o caminho dele, até que surgiu uma chance no Bangu. Ele fez um teste improvisado como zagueiro e foi aprovado. 


Então Galhardo trocou o emprego fixo pelo sonho de jogar futebol. Foi chamado de “louco” até na própria família. “Só quem me apoiou foi minha mãe e minha vó”.



Deslumbre no Botafogo e falta de salários no Vasco


Depois de se destacar no Bangu, Galhardo recebeu a primeira chance em time grande, no Botafogo. Mas não se destacou e entende que não estava preparado para dar aquele salto: “O deslumbre é natural para todas pessoas. Talvez eu não estava preparado até pela questão financeira, que abriu um leque de opções”.


Na sequência ele jogou por times menores e enfrentou algumas dificuldades comuns e outras curiosas. No Remo teve atraso nos salários. Já no Cametá precisou andar até de balsa para fazer jogos fora de casa.


Aos poucos Galhardo voltou a jogar em times maiores. Após passagem pelo Japão, ele foi para o Vasco e ficou encantado com a torcida. “O que mais chama atenção é a torcida. Porque apoiar no momento ruim é difícil. As pessoas tendem a ficar em casa e ser torcedor do sofá. E o Vasco não está bem há anos, está carente de títulos. Mas em 2017 teve aquela coisa louca e conseguimos ir para a Libertadores”.


Mas antes de sair do Vasco, Thiago Galhardo teve polêmica com a diretoria. Ele bateu de frente com a diretoria por causa da falta de pagamento de salários. Ele conta que funcionários dormiam no clube porque não tinham dinheiro para comprar passagem e voltar pra casa. “Eu sempre olhei para o lado humano e me preocupei com isso”.

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