O Palmeiras solicitou à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) a instauração de inquérito policial para investigar o ataque contra a Academia de Futebol, ocorrido na madrugada de domingo, horas antes da partida contra o Ceará, pela 19ª rodada do Brasileirão.
O clube disponibilizou imagens das câmeras de monitoramento para ajudar a Polícia Civil. Segundo a denúncia, foram atirados rojões e bombas no centro de treinamento. Ninguém ficou ferido.
O Palmeiras relaciona o ataque à emboscada feita por integrantes da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do clube, contra o ônibus da torcida Máfia Azul (Cruzeiro), em 2024, que resultou na morte de um cruzeirense.
O clube quer investigar a possível participação da Mancha Alviverde no crime. Na véspera, a torcida estendeu uma faixa em frente ao Allianz Parque com a frase: "Paciência é o c*****. Acabou a paz", referência à presidente Leila Pereira.
A assessoria da Mancha não se manifestou até o momento. A Mancha era aliada de Leila até início de 2022, quando a presidente rompeu a relação após protestos. Leila tem medida protetiva contra três líderes da torcida desde setembro de 2023 e proibiu entrada com trajes da organizada no clube social.
O Palmeiras defende que o futebol não se torne ambiente tóxico e critica a repercussão de “ameaças feitas por indivíduos violentos”.
Câmeras da Academia registraram pelo menos cinco homens, com capuzes ou capacetes, atirando artefatos explosivos no portão do centro de treinamento.
A Polícia Civil analisará as imagens e decidirá sobre a abertura do inquérito.