A China alertou nesta sexta-feira, 19, que pode vir a retaliar os Estados Unidos caso o governo americano não suspenda restrições aplicadas a empresas do país asiático por suposta participação em repressão de minorias na região de Xinjiang.
"Advertimos o lado americano de que os assuntos de Xinjiang são puramente assuntos internos da China que não permitem interferência estrangeira", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Zhao Lijian, em coletiva de imprensa cuja transição foi disponibilizada à imprensa pelo governo local. "Mais uma vez, instamos o lado americano a corrigir imediatamente o erro e parar de usar esta lei relacionada a Xinjiang para prejudicar os interesses da China e interferir em nossos assuntos internos. Caso contrário, a China responderá resolutamente e os Estados Unidos deverão arcar com todas as consequências daí decorrentes", alertou.
Índia
Zhao também fez considerações sobre recentes embates entre tropas chinesas e indianas em Galwan, região do Himalaia contestada pelos dois países há décadas. Foi a primeira vez desde 1975 que houve mortes de soldados na região.
Conforme publicado em matéria especial do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na última quarta-feira, o conflito pode estar sendo subestimado pelo mercado, que hoje se liga à ampla liquidez despejada no sistema financeiro.
"China e Índia concordaram em lidar de maneira justa com a grave situação de Galwan. Vamos acalmar a situação o mais rápido possível e manter a paz", afirmou o porta-voz. "A situação geral nas áreas de fronteira é estável e controlável", completou.