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Mundo

China e Rússia criticam protecionismo comercial dos EUA em cúpula regional

10 jun 2018 às 16:05
Por: Estadão Conteúdo

O presidente da China, Xi Jinping, alertou contra o unitaletalismo e o protecionismo comercial durante uma reunião de líderes asiáticos na qual ele e seus pares, como o presidente russo, Vladimir Putin, criticaram a atual política dos EUA. "Devemos rejeitar políticas egoístas, míopes, estreitas e fechadas. Devemos manter as regras da Organização Mundial do Comércio, apoiar o sistema de comércio multilateral e construir uma economia global aberta", disse o líder chinês, neste domingo, Durante acúpula anual da Organização para a Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), realizada neste fim de semana.

Embora seus comentários não mencionassem o presidente dos EUA, Donald Trump, Xi procurou mostrar-se como um defensor do livre comércio, antepondo-se à posição de Trump de controle de importação, apesar do status da China como a maior economia mais fechada do mundo.

Xi também saudou a entrada de novos membros da Organização para Cooperação de Xangai, chamando a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e do presidente paquistanês, Mamnoon Hussain, "de grande significado histórico". As duas nações do Sudeste Asiático se juntaram ao bloco como membros plenos no último ano. "Mais estados membros significa maior força da organização, bem como maior atenção e expectativa das pessoas, dos países, da região e da comunidade internacional", disse Xi. "Também compartilhamos maiores responsabilidades na manutenção da segurança regional e estabilidade e promoção do desenvolvimento e prosperidade", acrescentou.

A cúpula mostrou unidade de pensamento, em contraste marcante em relação ao encontro tumultuado da sete principais nações industrializados do mundo (G-7), encerrado neste sábado, no qual se viu EUA e seus aliados divididos pela escalada das tensões comerciais. Trump atacou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau em um conjunto de tweets, chamando-o de "desonesto e fraco" e retirou o endosso dos EUA ao comunicado da cúpula do G-7. Trump também pediu que a Rússia fosse devolvida ao grupo. A Rússia foi suspensa do grupo em 2014 pela anexação da Criméia.

Putin rejeitou neste domingo o G-7, como tendo sido forjado por desentendimentos internos, e elogiou a SCO por representar quase metade da população mundial. Para o presidente russo, a estrutura atual da SCO é "ótima". Ele enfatizou também seu poder econômico combinado e influência política. "Em termos de renda per capita, os países do G-7 são mais ricos, mas o tamanho combinado das economias da SCO é maior e sua população é muito maior". Ele também salientou a importância da declaração da SCO em apoio ao livre comércio. "Reafirmamos nossa prontidão, nossa disposição, para seguir as regras de comércio que existem no mundo atual", disse. "Esta é uma declaração muito importante."

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Xi, Putin e outros líderes do bloco também prometeram apoio ao Plano Global de Ação Conjunta, o acordo nuclear iraniano de 2015, do qual o presidente Donald Trump retirou os EUA no mês passado. "A China está disposta a trabalhar com a Rússia e outros países para preservar o JCPOA", disse Xi.

A Organização para a Cooperação de Xangai, liderada por Pequim, é vista por muitos especialistas como uma tentativa de desafiar a ordem liderada pelo Ocidente. Além de China e Rússia, também inclui Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão. Fundada em 2001, foi originalmente concebida como um veículo para resolver problemas de fronteira, terrorismo e para combater a influência americana na Ásia após a invasão do Afeganistão. Nos últimos anos, o componente econômico do bloco cresceu, incorporado na assinatura da política externa de trilhões de dólares de Xi e na frente de infraestrutura.

A China tem procurado minimizar as preocupações de que o grupo seja uma maneira de Pequim projetar sua influência estratégica no exterior. O Global Times, jornal do Partido Comunista, disse neste domingo em um comentário que, ao contrário de organizações ocidentais como a Otan e o G-7, que buscam "consolidar a ordem econômica global que é favorável ao mundo ocidental", a Organização para Cooperação de Xangai é inclusiva. "Não é uma ferramenta para jogos geopolíticos, buscando hegemonia ou envolvimento em confronto internacional ", disse o jornal.

Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press

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