Mais de 1.100 ex-funcionários do Departamento de Justiça pedem que o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, renuncie. O grupo publicou uma carta aberta que critica a decisão de Barr de reduzir a recomendação inicial de sentença feita pela promotoria para um confidente do presidente Trump.
A carta, organizada por ex-funcionários do Departamento de Justiça e pelo grupo Protect Democracy, que foi formado em 2017 e é crítico ao governo Trump, descreve a intervenção de Barr no caso como ultrajante e diz que levanta questões sobre a independência entre os poderes e a administração da Justiça do país.
"Uma pessoa não deve receber tratamento especial em um processo criminal, porque é um aliado político próximo do presidente", diz a carta, assinada por ex-funcionários que passaram pelo Departamento de Justiça em gestões Democratas e Republicanas.
Um porta-voz do Departamento de Justiça se recusou a comentar. Um funcionário do governo, Marc Short, chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, disse neste domingo à rede CNN que "Barr está sendo independente. Ele tomou essa decisão por conta própria. Não houve influência do presidente".
Barr decidiu revisar a recomendação de sentença para Roger Stone depois que Trump criticou publicamente o mandato de sete a nove anos que os promotores pediram. A reversão levou quatro promotores federais a se retirarem do caso contra Stone, um ex-assessor de Trump condenado por mentir ao Congresso e por falso testemunho. Fonte: Dow Jones Newswires.