Adeptos de uma milícia apoiada pelo Irã tentaram invadir a embaixada dos Estados Unidos na capital iraquiana, Bagdá, nesta terça-feira, 31, após Washington ter realizado ataques contra o grupo.
Alguns dos manifestantes usavam objetos que os identificavam como membros do grupo de milícias Kataib Hezbollah, além de outras milícias. Eles também acenaram faixas das Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês). O PMF é um guarda-chuva de milícias que formalmente faz parte do aparato de segurança iraquiano, mas inclui elementos como o Kataib Hezbollah, que jura lealdade ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
Vídeos e fotos da tentativa de invasão mostram que as paredes ao redor do complexo pegaram fogo e um homem levou um martelo à janela de uma cabine usada pelos guardas da embaixada. Os manifestantes gritavam "América fora, fora! Bagdá continua livre!".
As imagens também mostram centenas de homens pressionados contra a janela da área de recepção, onde os visitantes da embaixada recebem passes e passam por verificações de segurança. Os funcionários da embaixada não puderam ser contatados imediatamente.
O fato de os manifestantes terem chegado tão perto da embaixada pode reforçar a impressão de que o governo iraquiano é incapaz ou não quer proteger os interesses dos EUA. Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, cobrou a proteção do Iraque.
Os EUA acusam o Kataib Hezbollah de uma série recente de ataques com mísseis contra bases iraquianas, onde estão posicionadas forças americanas, que teria resultado na morte de um empreiteiro americano na última sexta-feira (27). Em resposta, Washington realizou ataques ao grupo perto da fronteira entre Iraque e Síria no domingo (29), matando 27 pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.