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Pacto para barrar centro-americanos agrava baixas no governo do México

15 jun 2019 às 07:50
Por: Estadão Conteúdo

O compromisso mexicano de barrar o ingresso de centro-americanos para evitar a imposição de tarifas pelos Estados Unidos tem provocado instabilidade no governo do presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador. Ontem, após ser confirmado o envio de 6 mil soldados da recém-criada Guarda Nacional para a fronteira com a Guatemala, o chefe do setor de imigração, Tonatiuh Guillen, pediu demissão. Ele é o sétimo funcionário de alto escalão a deixar o governo em seis meses.

Segundo relato da imprensa mexicana, a saída intempestiva ocorreu enquanto o chanceler Marcelo Ebrard relatava a senadores alguns pontos do acordo feito com os Estados Unidos há uma semana. A última baixa, na semana passada, havia sido do chefe do serviço de atenção a vítimas de abusos contra direitos humanos, Jaime Rochín.

Entre as medidas para conter imigrantes reveladas ontem, está o fichamento mais rigoroso dos que entram pela fronteira sul do país vindos da América Central. Além dos 6 mil soldados da Guarda Nacional que começarão a trabalhar na quarta-feira, o governo enviará mais 825 agentes para aumentar a fiscalização.

López Obrador reconhece que os controles são frouxos em dezenas de travessias na fronteira sul do México e promete corrigir a situação em meio à pressão dos EUA para reprimir a migração da América Central. "Nós identificamos ao menos 68 postos assim, com entrada de milhares de centro-americanos que não forneceram informações", disse López Obrador em entrevista ao lado de Ebrard. "A partir de agora isso muda, e em todos eles haverá supervisão. Estamos limpando a casa, mas isso leva tempo", afirmou.

Segundo Ebrard, toda a crise com os EUA se instaurou por causa do fluxo migratório dos centro-americanos, que cresceu três vezes em menos de um ano. "Não quero e não posso permitir que eles atravessem nosso território, se o objetivo é chegar a outro país, e se essa chegada vai causar um problema para nosso país", disse o chanceler a repórteres na cidade mexicana de Veracruz.

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Segundo Ebrard, o México não sabe o destino da maioria dos que atravessam a fronteira sul do país. "Vão ter de dizer o que vêm fazer aqui e para onde vão", disse Ebrard. "Se você quiser atravessar nosso território para chegar a outro país, vamos dizer 'não queremos que você atravesse nosso território' se estiver apenas de passagem."

Para o chanceler mexicano, isso não significa que milhares de pessoas vão esperar no México, mas sim que esse fluxo "não pode ou não deve continuar assim". "O que dissemos aos Estados Unidos é que em vez de se preocupar ou ficar com raiva do México, porque passam pelo território mexicano, é melhor investir na América Central para que possamos dar emprego ao povo", acrescentou o chanceler. Segundo ele, os americanos se comprometeram a investir US$ 5,8 bilhões na América Central e outros US$ 2 bilhões no desenvolvimento do sul do México.

O México também inaugurou uma "mesa de diálogo" com Guatemala, Honduras e El Salvador e solicitou a participação das Nações Unidas. "É um dos maiores fluxos de imigrantes no mundo, por isso temos de fazer dessa questão uma causa comum", disse Ebrard, que esta semana sugeriu que o Brasil ajudasse a controlar o fluxo de africanos. Eles chegariam primeiro ao Brasil para depois ir para os EUA.

Caso o plano mexicano não atenda às expectativas dos EUA em 45 dias, o México vai discutir com Washington a possibilidade de ser um "país terceiro seguro". Isso significaria acolher os imigrantes sem documentos que procuram refúgio nos EUA.

Diante de uma onda crescente de imigrantes da América Central aos EUA, o presidente Donald Trump ameaçou o México no final de maio com a imposição de tarifas sobre todas as exportações mexicanas, que começariam com 5% e chegariam a 25% em outubro, se o México não frear os imigrantes ilegais. Os dois países compartilham mais de 3 mil quilômetros de fronteira, e discutem, com o Canadá, a ratificação do seu novo acordo comercial. Ebrard garantiu que não existe um "pacto secreto" com os EUA e "nunca" será aceita a presença de qualquer força armada do país vizinho. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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