O sultão de Omã, Qaboos bin Said, o monarca do Oriente Médio há mais tempo no poder, que chegou ao cargo em um golpe em 1970 e levou o sultanato à modernidade enquanto balanceou laços diplomático entre os adversários Irã e Estados Unidos, morreu. Ele tinha 79 anos.
A agência de notícias estatal de Omã anunciou a morte do monarca no sábado em sua conta oficial do Twitter. Acredita-se que o sultão estava em estado de saúde frágil e viajou à Bélgica para o que foi descrito como check-up médico no mês passado. A corte real declarou luto de três dias. A agência lamentou a morte do sultão e elogiou o "renascimento" que ele presidiu. Segundo o veículo, sua "política equilibrada" de mediação entre rivais em uma região volátil conquistou o respeito do mundo.
O sultão reformou um país que tinha apenas três escolas e duras leis proibindo eletricidade, rádios, óculos e até guarda-chuvas quando ele chegou ao trono. Sob seu reino, Omã se tornou conhecida como um destino turístico e um interlocutor chave no Oriente Médio, ajudando os EUA a libertarem reféns no Irã e no Iêmen, e até recebendo visitas de oficiais israelenses enquanto criticava a ocupação de territórios que palestinos querem ter em um futuro Estado.
"Nós não temos conflitos e não queremos colocar combustível no fogo quando nossa opinião não é a mesma de alguém", disse o sultão Qaboos a um jornal do Kuwait numa rara entrevista, em 2008.
A morte do sultão aumenta o risco de agitação no país. O sultão Qaboos não era casado e não tinha filhos, e não nomeou publicamente um sucessor. Mas em horas, o canal de televisão estatal de Omã anunciou Haitham bin Tariq Al Said, que tinha servido como ministro da Cultura, como o novo sultão.