O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu, nesta quarta-feira (23), com a produtora de vídeo IHC Films e representantes da Invest Paraná, agência de prospecção de investimentos do Estado, para discutir a criação de um hub de cinema no Paraná. A ideia é que ele funcione por meio de parcerias entre os setores público e privado e auxilie a financiar produções cinematográficas.
O objetivo é impulsionar o setor audiovisual do Paraná além dos editais ou leis de incentivo. Nesse caso, o Estado não entraria com recursos diretos ou com mudanças na arrecadação, mas atuaria como uma ponte entre investidores e o setor audiovisual paranaense por meio da Invest Paraná, fortalecendo essa relação comercial.
Segundo o governador, tornar o Paraná um polo de produção cinematográfica seria uma nova forma de alavancar ainda mais a economia paranaense. “Quando você traz a produção cinematográfica para o Estado, você promove cenários e até mesmo a cultura daqui. Isso vai causar um impacto significativo na geração de renda, trabalho e emprego porque essa cadeia criativa vai do eletricista ao maquiador, além de, claro, promover o turismo no Paraná. Só vejo bons motivos para apoiar uma iniciativa como essa”, destacou Ratinho Junior.
O CEO e o diretor criativo da IHC Films, Lucas Estevan Soares, reforçou a importância da parceria entre o Estado e a iniciativa privada para impulsionar a produção audiovisual paranaense, que historicamente esteve atrás do eixo Rio-São Paulo. “O Paraná tem muito potencial cinematográfico, o talento daqui precisa ser exportado e fortalecido”, disse.
A sócia-fundadora e produtora da IHC Films, Rhaissa Gonçalves, destacou que a ação deve ser firmada assim que a modelagem final for definida. “É um momento muito importante, ainda mais pós-pandemia. Tantas coisas têm acontecido na área do cinema. É essencial tirar do papel um projeto como esse, que une o empreendedorismo com a economia criativa”, afirmou.
ATUAÇÃO – Na prática, o novo hub funcionaria como uma "empresa" parceira do setor público, com equipes multidisciplinares que pudessem atuar em várias frentes na produção cinematográfica, além de se dedicarem ao desenvolvimento de mais de um produto ao mesmo tempo, reduzindo custos e agilizando o processo. Além disso, todo o desenvolvimento deve ter foco total na cultura paranaense.
Os filmes a serem produzidos deverão ter custo máximo de US$ 500 mil para que seja viável atrair investidores locais. Para as marcas interessadas, serão ofertados vários modelos de contrapartidas, entre elas a compra de ações das produções ou a participação efetiva na história. Outro modelo também seria a venda antecipada de ingressos para que os investidores já soubessem o potencial de retorno financeiro das produções.
Além de atuarem no desenvolvimento de filmes, a ideia é também capacitar novos profissionais para ampliar a mão de obra no audiovisual no Estado. Segundo os idealizadores, o hub ainda reduziria o custo e agilizaria o processo de pré-produção, captação, edição e finalização, que cairia de quatro anos, em média, para dois.