A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas na manhã desta terça-feira (6) para cumprir 71 ordens judiciais contra uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos públicos. O esquema criminoso causou prejuízos estimados em R$ 23 milhões ao Tribunal de Justiça do Paraná.
A ação policial envolve a execução de 29 mandados de prisão preventiva e 42 mandados de busca e apreensão. As diligências ocorrem simultaneamente na cidade de São Paulo, Mogi das Cruzes e Mauá. A operação conta com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, destacando a colaboração entre as forças de segurança estaduais.
O delegado da PCPR, Thiago Lima, explica que a organização criminosa falsificava documentos em nome de serventuários e juízes do Tribunal de Justiça do Paraná. Sobre o modus operandi do grupo, Lima afirma: "Os indivíduos criavam certificados digitais, assinavam documentos de alvarás de valores depositados em contas judiciais e, posteriormente, movimentavam grandes quantias."
Segundo Lima, o grupo tentou movimentar mais de R$ 207 milhões. A segurança bancária e do Tribunal identificou a fraude e bloqueou parte do valor, restando aproximadamente R$ 23 milhões de prejuízo.
A investigação foi iniciada em setembro de 2023, após o Tribunal de Justiça identificar as fraudes no sistema. A operação revela a complexidade e a sofisticação das ações dos criminosos, que utilizaram técnicas avançadas para enganar o sistema.
Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público, invasão de dispositivo informático, estelionato eletrônico e participação em organização criminosa.
A operação também revelou que o grupo atuou contra o Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Simultaneamente, a Polícia Civil de Sergipe, em conjunto com as polícias civis do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, cumpre mandados contra a mesma organização criminosa.
Esta ação coordenada demonstra o compromisso e a eficiência das polícias judiciárias estaduais no combate ao crime organizado em todo o Brasil, reforçando a atuação profissional e dedicada da PCPR na proteção da sociedade e na manutenção da ordem pública.