Na manhã desta terça-feira (21), o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Acolhimento a Vítimas de Crimes Dolosos Contra a Vida (Nujuri) do Ministério Público do Paraná foi apresentado em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa. No encontro – que teve como foco de debate os reflexos do feminicídio e as políticas públicas de atendimento a crianças e jovens afetados pelo crime –, a iniciativa institucional foi exposta pela executora do programa, a assistente de gabinete do MPPR Jéssica Tonioti da Purificação, responsável pela execução do projeto nas Promotorias com atuação no Tribunal do Júri.
Na oportunidade, Jéssica explicou a atuação do Ministério Público na proteção às sobreviventes de feminicídio a partir do trabalho do Nujuri, que prevê apoio psicológico e acompanhamento judicial, entre outros serviços às vítimas. Executado por meio das Promotorias de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida de Curitiba, o Núcleo oferece suporte individual e humanizado às vítimas.
Em sua exposição, a assistente de Promotoria enfatizou o aumento de 6,1% na prática do crime no Brasil, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública: “70% dos feminicídios acontecem dentro de casa, que deveria ser um espaço seguro e acolhedor. Nós precisamos, cada vez mais, falar sobre o que fazer, quais são os sintomas para estar atento, a quem as vítimas devem procurar. Todas as mulheres são vítimas em potencial”, alertou.
A audiência pública reuniu especialistas e vítimas para discutir ações de enfrentamento a esse crime no estado. Abaixo, a íntegra da fala da assistente de Promotoria Jéssica Tonioti da Purificação.