A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta terça-feira (7), em Curitiba, a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) deste ano. O encontro teve como principal objetivo trazer o panorama da situação epidemiológica da febre chikungunya e atualização das ações desenvolvidas, principalmente, nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná.
Participaram do encontro representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), secretarias municipais e equipes técnicas de atenção e vigilância.
A mobilização e vigilância em saúde e assistência ocorrem após o Ministério da Saúde e Bem-Estar Social do Paraguai anunciar a existência de um surto da doença no país, além do registro de três casos autóctones no Estado, ou seja, aquele em que o paciente foi infectado na própria cidade onde reside.
De acordo com o boletim semanal das arboviroses, divulgado nesta terça, o Paraná tem dez casos confirmados de chikungunya, sendo seis importados, três autóctones e um segue em investigação quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones foram registrados nos municípios de Pato Branco, Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu. O boletim traz ainda 107 casos notificados e 41 permanecem em investigação.
O secretário de Estado da Saúde, César Neves, ressaltou a necessidade de reforçar as ações estratégicas nessa região e uma atuação intensiva junto à população. “Estamos monitorando esses municípios que estão mais susceptíveis por conta da região de fronteira com o Paraguai. Existe o surto e como mantemos uma estreita ligação com o país vizinho, essa vigilância e alerta se fazem necessários”, disse.
A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da zika.
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, combater os focos do mosquito deve ser a principal ação para conter a disseminação da doença. “Nesse momento é muito importante que haja o empenho das equipes municipais de vigilância no combate ao vetor, para cortar o elo de transmissão. Ações de campo, que vão além daquelas rotineiras devem ser realizadas, assim como a mobilização da população”, reforçou.
ALINHAMENTO DE AÇÕES – Dentre as principais recomendações da Sesa para os municípios da região estão o diagnóstico e manejo para febre chikungunya, a notificação imediata do caso (em até 24 horas), a vigilância laboratorial, o treinamento de equipes médicas e de assistência hospitalar e da atenção à saúde e, principalmente, ações junto à população para a remoção dos criadouros.
Além desta reunião, durante a manhã desta terça-feira (7), foi realizada uma videoconferência com as Regionais de Saúde e municípios (equipes de vigilância e atenção à saúde) pertencentes à Macrorregião Oeste.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Lúcia Belmonte, os últimos dados de levantamento entomológico apontam uma tendência de que essas regiões estão com risco de epidemia. “A remoção do criadouro é o principal caminho”, disse.
O lugar escolhido para a soltura foi uma unidade de conservação ambiental localizada a 50 km de Guarapuava, que reunia todas as características necessárias para a vida livre do animal. “O local sempre tem que ser o mais adequado para a espécie. O local onde ele foi solto é exatamente a borda de uma unidade de conservação, local que tem todos os recursos para ele viver, tem refúgio, tem água, tem alimento e tem outros animais”, conta Rodrigo.
O Cafs foi idealizado pelo Governo do Estado e tem por objetivo o recebimento de animais silvestres nativos e exóticos apreendidos que necessitam de atendimentos de triagem e tratamento clínico e veterinário, preferencialmente visando o seu retorno à natureza.
Confira mais detalhes na reportagem exibida no Jornal Tarobá 1ª Edição: