O principal suspeito de matar o tio em um restaurante na Avenida das Maritacas se apresentou para a polícia na manhã desta sexta-feira (28). Gabriel Ferreira foi até a delegacia com um advogado e alegou que foi até o local do crime para conversar com o tio, João Geraldo de Moura, e não tinha a intenção matar, porém, a vítima teria feito um comentário e então ele fez os disparos.
O jovem não tem passagem pela polícia e sua versão foi repassada através do advogado que o representa. Ainda de acordo com Gabriel, ele teria comprado uma arma legalizada por estar se sentindo ameaçado pelo tio.
As imagens da câmera de segurança deixam dúvidas sobre a versão apresentada pelo jovem, pois ele estava sentado esperando a vítima e, quando João entra no local, ele já saca a arma e começa a disparar.
Inicialmente, parentes disseram que a motivação seria o roubo de um projeto. Porém, o advogado do acusado afirmou que eles tinham problemas desde a adolescência de Gabriel e que o tio o ameaçava de morte constantemente.
De acordo com o delegado de homicídios, João Reis, já havia uma disputa empresarial entre eles e no dia havia a possibilidade de reconciliação entre eles. O sobrinho, então, teria ido ao restaurante para conversar. “Ele disse que o tio era maior que ele e ele acreditava que o tio ia atirar contra ele, por isso atirou. Estava armado e disse ter comprado a arma por conta das ameaças de morte do tio. Ele disse que não tinha experiência com arma de fogo, apesar do porte, nunca atirou em animais ou pessoas. Por não ver o sangue, ele achou que não estava acertando os disparos”, explica o delegado.
O delegado também afirmou que mais pessoas serão ouvidas, pois existe a divergência sobre quem ameaçava quem. Como ele fugiu do flagrante, não tem um mandado de prisão contra ele, mas, se a polícia entender que durante a investigação a prisão é importante, ela poderá ser decretada.