Um detento condenado pelo latrocínio de um idoso fugiu da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) e causou revolta na família da vítima. A evasão aconteceu no dia 30 de outubro, enquanto o preso realizava trabalhos no regime semiaberto.
Identificado como Daniel Martins de Castro, ele estava preso pelo crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte. O crime aconteceu no dia 11 de novembro de 2016, quando Antônio Rodrigues, de 71 anos, foi brutalmente assassinado em Cambé.
O corpo da vítima foi encontrado dois dias depois em uma estrada rural próxima do distrito da Warta. O carro e outros pertences pessoais foram roubados.
Daniel e seu comparsa foram condenados a mais de 20 anos de prisão, mas somente o fugitivo estava no regime semiaberto. “Eu jamais imaginava que ele pegaria um semiaberto com apenas quatro anos de crime. Ele não roubou uma galinha, ele matou o meu pai, e não foi de uma maneira qualquer, foi planejado, sim. Ele conhecia bem o meu pai, sabia que era um idoso sozinho e sabia até os dias de recebimento do pagamento”, disse a filha da vítima, que não quis se identificar.
Segundo coordenador regional do Departamento Penitenciário, Reginaldo Peixoto, apesar do crime cometido, há o direito da regressão da pena. "Ele tem direito à progressão do regime como todos os outros presos, mas o lapso temporal dele é um pouco maior".
De acordo com Peixoto, Daniel tinha autorização de trabalho externo e estava na unidade desde 2017. Em junho foi autorizado, pelo bom comportamento, a trabalhar fora da unidade.
"No dia 30 por volta das 11h30, acabou saindo do local onde se alimentam e não retornou ao trabalho por volta das 13h30. A fuga foi lançada em sistema e informada à Vara de Execuções penais. Desde então, está foragido do Departamento Penitenciário", explica o coordenador regional.
A filha da vítima se diz decepcionada com o sistema carcerário. “Nesse mês completa cinco anos do que aconteceu com meu pai e eu fiquei decepcionada com o sistema da PEL, que eu achava que fosse seguro”, disse.