Depois da identificação de um corpo carbonizado, encontrado no ano passado no Residencial Quadra Norte em Londrina, a Polícia Civil conseguiu avançar nas investigações e deve ouvir testemunhas nos próximos dias para tentar descobrir a motivação do crime contra Eliseu Frauzino da Silva, de 39 anos.
"Algumas pessoas tentam dificultar a investigação, ocultando o corpo, enterradando ou o queimando, mas isso aumenta a pena do crime por destruição e ocultação de cadáver", afirma o delegado João Reis.
Na semana passada, com exclusividade, a mãe de Eliseu conversou com a Tarobá. Ainda abalada, pediu por justiça e disse que o filho não tinha envolvimento com a criminalidade.
"“Ele era bom. Não tenho do que reclamar dele. Se fosse mau, não iriam atrás dele", comenta a aposentada Lolita de Oliveira.
Mesmo com a versão da família afirmando que Eliseu não tinha vícios, a Policia Civil não descarta neste momento que a morte do homem estaria ligada com drogas, principalmente pelo fato que ele morava no Flores do Campo, um bairro com vários casos de assassinatos que foram encomendados por traficantes.
Nos últimos meses, foram pelo menos quatro mortes violentas no Flores do Campo. O que mais chamou a atenção foi o assassinato de Angélica Clemente de Souza, encontrada sem vida em um chiqueiro que motivou um tribunal do crime em uma chácara que terminou com cinco mortes em confronto com a PM. A Polícia apontou que ela tinha assumido comando o tráfico no bairro. Todos os casos são sendo investigados.