O advogado de defesa de Célio da Rocha, principal suspeito do feminicídio ocorrido na noite de terça-feira (26), no conjunto San Rafael II, em Arapongas, afirmou em entrevista ao Grupo Tarobá de Comunicação que o crime foi passional. Segundo o advogado, após assassinar a esposa por conta de uma traição, Célio confessou o crime e foi apresentado pelo profissional à Delegacia.
"Ele relata no depoimento dele que foi confrontar a esposa na madrugada. Ela teria ficado brava e tentou agredi-lo. Ele acabou perdendo a cabeça e cometeu o fato no qual ele está sendo acusado. Ele assume toda a responsabilidade e está muito arrependido do que fez. Ele sabe que as consequências de um crime desse são bastante graves. Ele inclusive relatou para o delegado que acabou com a vida dele, da família e dos filhos", contou o advogado Rogério dos Santos.
Após apresentação na Delegacia na tarde de quarta-feira (27), Célio foi ouvido e liberado. De acordo com o advogado, seu cliente não ficou detido porque não foi pego em situação de flagrante e se apresentou espontaneamente à Justiça. "Assim que a gente comunicou o crime, o delegado ouviu outras pessoas envolvidas, me ligou e a gente apresentou o Célio na delegacia. Considerando que ele se apresentou espontaneamente, não fugiu em momento algum do distrito da culpa, e não havia naquele momento um estado de flagrância, o delegado entendeu, e a lei assim o garante, que deveria ouvi-lo e liberá-lo. Ele não está preso, mas está totalmente à disposição da justiça”, disse Santos.
O advogado declarou que Célio nunca respondeu a processo criminal nem civil. "Ele é uma pessoa que tem um passado totalmente limpo. Ele estava bastante nervoso com a situação toda e não soube explicar quando tomou conhecimento da traição, mas pelo que deixou a entender foi recente, no começo do ano", afirmou Santos.
