Diversas viaturas da Polícia Militar e uma equipe especializada do Corpo de Bombeiros retornaram ao Flores do Campo em Londrina, no início da tarde desta sexta-feira (3), em busca de um suposto corpo.
Na quarta-feira, a PM recebeu uma denúncia que um homem teria sido assassinado e decapitado. O corpo e a cabeça estariam em lugares diferentes, e teriam sido desovados na ocupação.
Equipes estiveram no local por três vezes para tentar encontrar o corpo de boliviano. Neste última ação, policiais e bombeiros enfrentaram vários obstáculos em uma mata.
A cadela Kira esteve atenta aos detalhes e com o faro aguçado, qualquer mudança de comportamento apontaria algum indício para os bombeiros, mas mesmo com a presença do animal, não foi possível encontrar o suposto cadáver.
"Contamos com cães que fazem buscas tanto de pessoas vivas quanto de cadáveres. A Kira já é bastante experiente e atuamos com ela em Petrópolis", ressalta o sargento Berzoti.
O assassinato do boliviano seria mais um caso macabro no Flores do Campo. Após a morte de Vitor Hugo Messias, o Vitinho, que era considerado o chefe do tráfico e morreu no dia 29 março em confronto com a PM, vários crimes foram registrados.
Angélica Clemente de Souza, que tinha 37 anos, teria assumido o comércio de drogas no bairro e foi morta com várias facadas. O corpo dela estava enterrado em um chiqueiro.
O homicídio não teria sido aceito pelo PCC e motivou um tribunal do crime em uma chácara na zona sul. A PM chegou durante o julgamento e cinco pessoas morreram em confronto com os policiais; duas mulheres e três homens.
"O tráfico não age inteiramente dentro da comunidade. Poucas situações chegam ao conhecimento da Polícia. Outros crimes acontecem, mas a população, por receio, acaba não denunciando", afirma o tenente da PM, Emerson Castro.
Imagens exclusivas da Tarobá mostraram como o Flores do Campo fica em uma área isolada de difícil acesso. As ruas não têm asfalto, dificultando ainda mais a entrada de viaturas.
A princípio as buscas serão encerradas e as equipes somente retornarão ao local com informações mais precisas sobre o corpo.
"A gente continua orientando a população a prestar esclarecimentos e repassar informações. Confiem na Polícia, precisamos tomar providências principalmente para opressão de crimes", ressalta o tenente da PM.