Na tarde desta quarta-feira (13), por volta das 13h15, o Esquadrão Antibombas chegou na Rua Martin Luther King, na área central de Londrina, para averiguar se um artefato, deixado no meio da rua por coletores de lixo, seria de fato uma bomba.
A equipe utilizou uma tecnologia de ponta e a conclusão foi de que não era uma bomba, e sim uma espécie de simulacro.
Segundo a Polícia Militar, a perícia realizada foi um procedimento de praxe. O trabalho do Esquadrão Antibombas durou aproximadamente uma hora e meia. O que chamou atenção da equipe foi que parte do artefato era de ferro e tinha um circuito elétrico, o que tornou o material muito próximo do verdadeiro, e exigiu uma avaliação mais cuidadosa dos profissionais.
“Ali no local eles tem um equipamento, que seria pra fazer imagens de raio X, para localizar e para saber se haveria ou não massa explosiva e um sistema de iniciação”, informou o Tenente Moreira do 5º Batalhão de Polícia Militar.
A falsa bomba causou um transtorno para as Forças de Segurança do Estado, que precisaram mobilizar equipes especializadas, e para os moradores da região, que ficaram impedidos de entrar em suas residências.
Um procedimento preliminar foi aberto para apurar o episódio. Os três coletores de lixo, flagrados por câmeras de segurança, deixando o artefato na rua, foram ouvidos na Central de Flagrantes e liberados no final da manhã dessa quarta-feira.
Em depoimento, eles contaram que ficaram com medo que o material fosse uma bomba de verdade e por isso teriam abandonado o artefato na rua.
“Segundo eles, imaginaram que fosse até uma bomba de brinquedo, não imaginavam que aquilo podia explodir. Até ficou na posse deles por alguns instantes, até que despertou a dúvida. Como o caminhão tem aquele movimento de prensa, eles ficaram com medo de eventualmente colocar aquilo dentro do caminhão, e de fato ser alguma coisa que pudesse explodir. Então, segundo relato deles, essa foi a razão pela qual ele simplesmente dispensou em via pública”, afirmou o delegado Willian Douglas.
A Polícia Civil vai aguardar o relatório oficial do Esquadrão Antibomba. Como o material era um simulacro, segundo o delegado, a tendência é que o caso seja arquivado.
A Companhia de Trânsito e Urbanização (CMTU) notificou a empresa responsável pela coleta de lixo na cidade, para que preste explicações sobre o episódio. Nossa equipe de reportagem tentou contato com a empresa em questão, mas até o momento do fechamento desta matéria, não obteve retorno.