Uma manifestação contra intolerância religiosa foi realizada no fim da tarde desta sexta-feira (28), no Centro de Umbanda Cachoeirinha de Xangô, localizado na Vila Brasil, em Londrina. O local sofreu um atentado violento na última quinta-feira (27), em que um coquetel molotov foi lançado com a intenção de causar um incêndio na casa.
Segundo Mãe Cláudia, ela e outras pessoas que estavam no local ouviram um barulho no telhado e passos no quintal ao lado, correram para fora e encontraram uma lata de solvente com uma estopa que havia se apagado por conta do vento.
Ainda de acordo com Mãe Cláudia, a casa religiosa existe há mais de 40 anos no local. “Olha, não temos problema com a vizinhança. Essa casa existe aqui há 42 anos. Nós tivemos uma discussão com o vizinho ao lado que, de vez em quando acaba cometendo blasfêmia, nos chamando de nomes feios e abusivos. Ontem nós só ouvimos o barulho no quintal ao lado”, explicou.
A Polícia Militar foi acionada e alegou falta de provas que comprovassem a autoria do crime. “. Mas por já ser a segunda ocorrência com o nome dele, na terceira ele seria levado para averiguação. Nos foi orientado também ir à delegacia fazer o boletim de ocorrência e dar andamento à investigação”, disse Mãe Cláudia.
O local também funciona como restaurante de comidas típicas baianas e recebe pessoas todos os dias de diversas religiões. “É um espaço não só religioso, como de resistência política, resistência religiosa, resistência do existir. A sociedade precisa parar de atirar no que não conhece, de fazer a nossa religião um tabu e nos discriminando o tempo todo, matando os nossos, apedrejando nossa casa e boicotando nossos cultos. A nossa religião prega o amor. É uma religião que agrega as pessoas, não segrega”, finalizou Mãe Cláudia.