O Creslon já liberou 70 detentos para prisão domiciliar, após determinação de transferência por conta da superlotação do local. Outros serão liberados até o final desta semana.
A decisão, assinada pelo juiz da Vara de Execuções Penais dos Presídios de Londrina, Katsujo Nakadomari, define que presos que excedam a capacidade máxima da unidade prisional e estejam no final de seuas penas, cumpram prisão domiciliar. Eles deverão manter o uso de tornozeleiras eletrônicas e somente poderão sair para trabalhar das 6h às 20h.
De acordo com o coordenador regional do Depen, Reginaldo Peixoto, a medida só foi possível graças ao fortalecimento do setor de fiscalização, por meio dos dispositivos eletrônicos. "Pra gente enquanto departamento penitenciário foi bem válido e para isso acontecer foi fortalecido o setor de tornozeleiras para que essas pessoas tivessem nas ruas com tudo devidamente fiscalizadas", disse.
Peixoto afirma que a expectativa é que os internos que forem liberados e não possuírem trabalho, consigam uma oportunidade em breve. "Antes da pandemia, nós tínhamos 180 pessoas que trabalhavam e hoje temos aproximadamente umas 80. Agora vamos intensificar para que essas pessoas à medida que vão saindo também comecem a trabalhar", disse.
Conforme a decisão, a capacidade máxima de 248 apenados deve ser respeitada. A prisão domiciliar será concedida por um prazo de seis meses ou até que seja disponibilizada uma vaga adequada para que o detento cumpra a pena em unidade prisional.