Dois casos envolvendo sequestros falsos foram registrados no último fim de semana em Londrina. Em um deles, a vítima teve um prejuízo de R$ 40 mil ao acreditar que a mãe e a filha estivessem nas mãos de criminosos.
“Ligou na casa da vítima de madrugada, ela atendeu, falaram que estavam com a mãe e filha dela sequestradas. Aí, essa vítima, eles tinham algumas informações, como o nome da mãe, e isso em um simples cadastro de compra vai ter essas informações e isso dá veracidade ao golpe”, disse o delegado Edgar Soriani.
No segundo caso, um funcionário de hotel teve seu celular clonado e foi convencido pelos criminosos a retirar dinheiro do caixa para realizar o pagamento, além de esperar por horas no Aterro do Lago Igapó. O golpe do falso sequestro cria um senso de urgência para a pessoa que recebe a ligação e faz com que ela não tenha tempo suficiente para avaliar a situação e acabe transferindo valores para os golpistas.
“A pressão psicológica é tão grande que ele achou que os criminosos iam entrar dentro do hotel e fazer mal para os clientes. Era um rapaz novo, ele acabou sendo ludibriado a sair de lá. Ele mesmo se colocou incomunicável, pedindo para ir para o Aterro, isso falando com os criminosos pelo celular. Como o celular estava espelhado, ninguém conseguiu falar com ele. Isso perdurou a tarde toda e foi resolver a noite. Aí acabaram percebendo que não houve um sequestro e sim a extorsão”, explicou o delegado.