O advogado do policial militar que foi preso, na quarta-feira (19), acusado de estupro contra moradoras de rua, em Londrina, negou as acusações contra o cliente. Segundo Eduardo Mileo, o PM afirma que está sendo vítima de um "conchavo do crime organizado".
"Ele é um policial atuante na região, faz bastante abordagens inclusive naquele local. Ele saía do serviço e viu um fato acontecendo na casa e acabou entrando em diligência. Foi rápido, cerca de quatro minutos. Mas não cometeu esses fatos que o estão imputando”, disse.
Eles aguardam agora os resultados dos exames genéticos para esclarecer os fatos. "Esse material será como um grande ponto de inflexão da causa. Não vai ser contra e sim a favor do policial”, apontou.
Ainda segundo o profissional, o PM estava em tratamento psicológico. “O policial estava em tratamento, mas estava trabalhando, se esforçando. Na segunda-feira, quando foram iniciadas as investigações, ele acabou entregando a arma em ato de boa fé e se submete à investigação”, completou.
O caso
Duas mulheres em situação de rua acusam o policial de estupro praticado dentro de um mocó, localizado no centro da cidade. Os abusos teriam acontecido no dia 31 de dezembro e no último domingo (15).
Imagens de câmeras de segurança da região confirmaram a identidade do PM, segundo a Delegacia da Mulher e do comando do 5º BPM.
A coorporação vai abrir processo administrativo para apurar a conduta do servidor. As vítimas seguem sendo atendidas pela secretaria municipal de Assistência Social.