Foram mais de três anos de espera e 101 descumprimentos de medida protetiva contabilizados até uma ação concreta: o promotor Bruno Vagaes foi afastado do cargo pela Corregedoria do Ministério Público (MP).
A decisão saiu após o problema ser exposto pela ex-mulher, que recorreu ainda ao Conselho Nacional do MP.
“Como ele não respeitava nada, eu tive que me resguardar” conta Fernanda Barbieri, ex-mulher do promotor. “Por que é que não houve mais descumprimentos? Porque eu, praticamente, me escondo. Em função de todo histórico de descumprimentos, eu tenho completa consciência que ele continuará descumprindo. A cada descumprimento que eu denuncio, aumenta a raiva e é uma cadeia que a instituição não percebeu. É uma batalha desumana” desabafa Fernanda.
Ela conta ainda que “são cerca de 40 processos e procedimentos que eu enfrento, hoje, tanto criminais quanto cíveis (...) inclusive para me manter afastada do trabalho físico, para que eu consiga fugir de uma situação de emergência”.
Bianca Alves, advogada, fala em afastamento definitivo do cargo, punição e prisão:
“Na punição penal eu acredito que ele deva receber uma penalidade compatível com o que ele cometeu”.
