Exames do Instituto Médico Legal – IML de Londrina apontaram indícios de tortura no corpo encontrado carbonizado, na última sexta-feira, em uma área de mata no Distrito da Maravilha.
O laudo identificou ainda que trata-se de um homem de cerca de 40 anos. No entanto, a causa da morte ainda é um mistério e o corpo segue sem identificação no IML.
“Um perito estabeleceu a cor branca, entre 1,70 e 1,80, mas a carbonização prejudica muito e o corpo é diminuído em razão da queimadura extensa. Não foram identificados projéteis de arma de fogo e fraturas, mas sinais de asfixia”, explica a chefe do IML, Cristiane Batilana.
O médico legista aguarda resultados de outros exames. A forma com que o homem foi morto é importante para a investigação da Polícia Civil.
“Foram coletados alguns materiais que podem indicar a inalação de fumaça e se faleceu da carbonização em si ou da asfixia”, ressalta Cristiane.
O corpo estava nas proximidades de uma plantação de soja aos fundos de uma fazenda. Pelo caminho, ficaram os rastros das rodas do carro que provavelmente foi utilizado pelos assassinos. A vítima foi encontrada por um funcionário da propriedade rural que ficou surpreendido ao controlar as chamas.
Policiais militares foram acionados pelos moradores assustados com a situação. No local, tiveram poucos detalhes.
“Os moradores falaram que isso nunca havia ocorrido na região, mas que ao perceberem avisaram de pronto a Polícia Militar que se deslocou ao local e que ao perceber o crime avisou todos os órgãos competentes”, explica o tenente Yoshimine.
No caso macabro, até agora, apenas uma certeza: foi uma morte violenta e teria acontecido menos de 48 horas em que o corpo foi encontrado. Ainda não é possível apontar se o assassinato foi no local ou a fazenda foi utilizada somente para queimar o corpo. Apesar do estado de carbonização, os papiloscopistas conseguiram analisar a digital de uma das mãos. O IML continua em busca de familiares para realizar exames de DNA.
“Uma família fez contato no fim de semana e ficou de comparecer ao IML, mas não compareceu”, finaliza Cristiane.