Os dois filhos da idosa morta a machadadas, na última quarta-feira (26), em Tamarana, prestaram depoimento à Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira (31). Ainda muito abalados, ambos afirmaram que o irmão, acusado de assassinar a mãe e a cunhada, e ainda ferir o sobrinho, tinha problemas psiquiátricos.
Segundo Rosilda Almeida Prestes, filha de Maria da Luz Prestes, de 65 anos, médicos e enfermeiros de um posto de saúde e também do Hospital de Tamarana foram omissos. Jorge Sidnei Prestes, de 47 anos, já daria sinais de que poderia ser capaz de algo.
“Se eles tivessem dado o apoio que a minha mãe pedia, podiam ter evitado essa tragédia. Nós queremos buscar a verdade. Fiquei sabendo que eles agora estão tentando auxiliar as pessoas com problemas de lá, mas já não adianta mais", disse Rosilda.
Valter Almeida Prestes, filho de uma das vítimas e esposa da outra, afirmou que sente raiva do irmão, mas não consegue culpá-lo porque ele não respondia por si. “Nós queremos que ele pague, do jeito certo. Se ele estiver louco, que vá para o manicômio, se não tiver, que vá para a cadeia”, falou.
Conforme o delegado de Homicídios, João Reis, exames são aguardados para comprovar se o acusado tinha ou não alguma condição mental.
Reis ainda informou que o laudo de necropsia apontou que os ferimentos nos corpos das vítimas não foram causados pelo machado, mas por algum outro instrumento. "Talvez um martelo. Vamos ver. Eu perguntei para o irmão sobre os martelos da casa e ele disse que estavam tudo lá porque ele tinha uma caixa de ferramentas”, completou.
O acusado do crime continua preso. A criança, de 2 anos, permanece internada, em estado grave.