O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia contra quatro policiais militares pelos crimes de associação para o tráfico, violação de domicílio, roubo qualificado, tráfico de drogas, peculato e usura pecuniária (agiotagem).
Eles foram investigados na Operação Rebote, deflagrada em julho deste ano. A denúncia foi oferecida junto à Vara da Auditoria da Justiça Militar.
As apurações do Gaeco tiveram início em janeiro deste ano, após a prisão em flagrante de um policial militar, em Londrina, no momento em que recebia uma arma de fogo e dinheiro oriundos do tráfico de drogas.
As apurações indicaram que ele estava associado com um particular na exploração de um ponto de venda de entorpecentes (vulgarmente conhecido como “biqueira”). Constatou-se que o particular indicava ao policial alguns pontos de venda de entorpecentes explorados por terceiros.
O PM, então, em conluio com outros policiais, realizava abordagens e apreensões e repassava as drogas, para que fossem vendidas no seu ponto de venda. Também é investigada a possível subtração de R$ 4 mil de um suspeito de tráfico da Zona Norte de Londrina. Os denunciados integram a Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam).
Prisão e tornozeleira
Um dos policiais denunciados, que possui maior envolvimento nos fatos, segue preso preventivamente e está afastado do cargo.
A pedido do Ministério Público, foram impostas aos demais requeridos medidas cautelares diversas da prisão, como a suspensão da função pública, a proibição do uso de fardamento e de armamento (da Corporação ou particular), a suspensão de logins e senhas de acesso aos sistemas de investigação policial, a proibição de manter contato entre si e com quaisquer dos envolvidos na investigação, a proibição de se ausentar da Comarca em que residem (sem prévia e expressa autorização), a proibição de frequentar Unidades Policiais, bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres, o recolhimento domiciliar no período noturno e finais de semana/feriados, além da monitoração eletrônica.