Após o golpe da invasão do WhatsApp em que bandidos se passam por uma pessoa e pedem dinheiro para os contatos, há um novo que envolve o Instagram e já fez algumas vítimas em Londrina. São pelo menos três casos registrados por dia no município. O crime consiste em tomar a conta de alguém e tentar enganar as pessoas, oferecendo produtos nos “stories” com preços bem abaixo dos praticados e que nunca chegaram aos compradores.
A fisioterapeuta Nubia Celis foi vítima deste golpe. Ela teve um problema com o chip do celular e logo depois percebeu que a rede social foi hackeada. Em posse do perfil, os golpistas publicaram stories oferecendo televisão, sofá, máquina de lavar, entre outros. A narrativa é que ela estaria se desapegando desses produtos, por isso o preço mais em conta.
“Percebi que o chip parou de funcionar, achei que fosse algo de torre, aí me derrubaram das redes sociais, postaram essas vendas e não consegui mais acessar. Nisso, comecei receber vários prints perguntando se era eu vendendo e algumas pessoas chegaram a cair no golpe”, disse.
O Instagram de Nubia tem quase 24 mil seguidores, que foram conquistados ao longo de sete anos de divulgação do trabalho na internet. Ela ressaltou que não clicou em nenhum link e não percebeu nada estranho antes do golpe.
Enquanto o problema não é resolvido, pessoas estão caindo no golpe. No Whatsapp da empresaria, dezenas de relatos de vítimas que depositaram dinheiro na conta divulgada pelos criminosos.
“Eu vi que tinha sido hackeado e bloqueei meu chip. Eles falaram que realmente teve uma navegação do meu chip, mas não sabem dizer como e nem porquê, e não se responsabilizaram. Eles continuam vendendo coisas no meu nome”, afirmou Nubia.
O advogado especialista em crimes cibernéticos, Fernando Peres, alerta que a rede social deve ser avisada imediatamente do ocorrido. Quando não são tomadas providências, a plataforma pode ser penalizada judicialmente.
“Esse tipo de golpe tem acontecido muito e feito vítimas pessoas físicas e empresas também. Quem eventualmente fez uma transferência de valores, deve imediatamente entrar em contato com a instituição financeira a qual os valores foram destinados por meio do PIX ou transferência e verificar a possibilidade do bloqueio daqueles valores”, disse.