O homem preso na tarde de quinta-feira (7) no interior de São Paulo, acusado de matar a ex-mulher com cinco tiros em uma igreja na avenida São João, teria assumido a autoria do crime na ocasião da prisão. A informação é da Polícia Civil.
O homem segue preso em Piracicaba e, segundo as autoridades policiais, não vai ser transferido para Londrina por ter sido autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
A prisão foi realizada durante uma perseguição policial. "Foi por mais ou menos 40 minutos. O indivíduo chegou a entrar em municípios, o que fez com que o perdêssemos de vista. Quando a viatura localizou o homem de novo, ele tentou se desfazer da arma de fogo, jogando-a pela janela. Ele acabou perdendo o controle do veículo e veio a capotar. Neste momento, a gente conseguiu efetuar a prisão dele", contou o tenente Bruno Ribeiro, do 3º Batalhão da Polícia Rodoviária de São Paulo.
O homem foi encaminhado à delegacia e, nesse momento, os policiais tiveram conhecimento do mandando de prisão expedido pelo estado do Paraná. "Nossa voz de prisão, em um primeiro momento, foi pelo porte de arma de fogo calibre 380. Posteriormente, durante a ocorrência a Polícia Civil teve acesso ao mandado de prisão por feminicídio”, disse o tenente.
Após a prisão, o homem confessou o crime contra a ex companheira, Lígia Fernanda da Silva. A motivação seria a insatisfação com o término do relacionamento.
A Delegacia da Mulher de Londrina divulgou que, ao contrário do que foi informado por outros policiais, a vítima não fez boletim de ocorrência recentemente nem tinha medida protetiva contra o suspeito.
O último boletim feito por Lígia foi em 27 de março deste ano na Delegacia de Estelionato, por ter tido sua conta de facebook invadida. Já em 2018, ela procurou a Delegacia da Mulher para registrar boletim de lesão corporal e conseguiu a medida protetiva. Dois dias depois, ela pediu a revogação da medida porque havia reatado o relacionamento com ele.
O suspeito também não era foragido da justiça até o crime da última terça-feira (5). Ele havia sido preso anos antes por homicídio qualificado e foi colocado em liberdade, em julho de 2021, graças a um alvará de soltura expedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná.