O inquérito sobre a morte de Joel de França em Tamarana foi concluído pela Polícia Civil. O principal suspeito do crime alegou legítima defesa, mas com o fim das investigações, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que impediu a defesa da vítima.
“A tese do autor é que estava em legítima defesa, pois a vítima o ameaçava. Sabemos que houve um contexto de brigas e ameaças, porém, no dia do fato, a vítima estava em um bar, com uma faca, já que trabalhava como cerqueiro, mas ela não teve tempo de sacá-la, pois o autor efetuou os disparos”, afirma o delegado João Reis.
Joel foi atingido por oito disparos, dois deles, à “queima roupa” na cabeça. “Como alegar legítima defesa se os disparos foram na cabeça? A vítima estava caída no chão, ele teve que se aproximar e atingir a cabeça dela por duas vezes. Não há como falar que foi legítima defesa”, ressalta o delegado.
O desentendimento entre os homens começou após o serviço de construção de uma cerca.
“A vítima começou a fazer a cerca, mas entraram em atritos em relação a valores e prazo. A vítima acabou se sentindo injuriada e foi ao local e cortou a cerca e isso gerou uma confusão”, lembra Reis.
O acusado se apresentou com o advogado com a arma de fogo, mas não foi preso.
“Quando o inquérito é concluído podemos representar pela prisão temporária desde que existam fundamentos, que nesse caso não estavam presentes”, explica o delegado.