Após mais de 8 horas de julgamento, Renan Júlio Bueno Fogagnollo foi condenado, nesta quinta-feira (27), a 28 anos de prisão pelo feminicídio de Ingrid Fernanda Costa Ferreira. O crime aconteceu em 2019, quando a vítima tinha 17 anos, no Residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina.
Renan foi condenado por feminicídio qualificado com duas agravantes: motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime aconteceu em 2019, quando a vítima tinha 17 anos, no Residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina. Segundo a acusação do Ministério Público, inconformado com o fim do relacionamento, Renan teria atirado em Ingrid na frente dos pais dela. O Siate chegou a ser acionado, mas Ingrid morreu antes da chegada do socorro.
Segundo o advogado do réu, Eduardo Caldeira, ele não foi condenado por unanimidade e a defesa perdeu o tribunal por apenas um voto. “A denúncia de ameaça ele foi absolvido, provamos por unanimidade que não houve esse crime. A defesa fará a interposição de recursos. O conselho de sentença não analisou todas as provas do caderno processual, então acreditamos na existência de alguns vícios processuais e a gente irá fazer os recursos adequados”, disse.
Ainda de acordo com o advogado, a defesa espera que a pena seja diminuída e que ele cumpra em regime semiaberto ou até mesmo aberto. “Realmente, o crime aconteceu, mas a forma que aconteceu não é como está descrita pelo Ministério Público e inquérito policial. Esses excessos que iremos discutir”, afirmou.
A defesa entrará com o recurso de apelação em até cinco dias. “Primeiramente é recebido pelo juiz de primeiro grau e posteriormente encaminhado ao Tribunal de Justiça”, explicou Caldeira.